domingo, 29 de janeiro de 2012

Esse não passou na globo, no sbt, record, nem no ig, yahoo, uol, nem na folha... por que será?




A propósito, num destes sites foi publicado somente que os pobres Kassab e Matarazzo foram "atacados" violentamente pelos manifestantes, declarando que democracia tem limites...


Eles "enfrentam" manifestantes, com todos seus seguranças e carros blindados, mas quem pode enfrentar seus Policiais armados derrubando casas?

Parabéns aos nossos trabalhadores da cultura que, como humanamente artistas que são, não deixaram o momento passar!!!!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Preparando nosso... presente e futuro!!!

Os seriados "juvenis" da Disney não são tão inofencivos quanto parecem!



AGORA ESTÁ COM LEGENDA!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

É para rir ou para chorar de descrença na Justiça?

Governo do Estado de São Paulo:
trabalhando por você!!!
E a prefeitura também!!

I– Depois de anos com a Cracolândia “funcionando” somente agora pensam em “resolver o problema”, claro com muita violência e pancadaria, e certamente com alguma intenção (talvez ocupar a área com algo mais lucrativo...)

II -  Depois de anos de ocupação de Pinheirinhos, agora “resolvem” desocupar a área: atirando contra as famílias, jogando bombas dentro das casas, de uma forma bem humana... e nada dos direitos humanos, direitos da criança e adolescentes, nada de padres, pastores, partidos de oposição, ninguém por estes “ninguéns”...

24 de janeiro

Os flagelados do Judiciário

Acabo de ler e ver reportagens sobre dois assuntos, que não sei se são um só.
Uma, no Estadão, sobre as remunerações de até centenas de milhares de reais percebidas por juizes e desembargadores em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Outra, na Folha e no Viomundo, sobre a violência e o desrespeito aos pobres moradores expulsos do Pinheirinho.
Para quem, ainda criança, viu atearem fogo e lançarem cães contra os favelados da Praia do Pinto e do Morro da Catacumba, há 40 anos, é como descrer no progresso humano.
Ontem mesmo o Estadão publicava que os nobres desembargadores consideravam uma violência ser exposto ao público o fato de que alguns deles – nem se discute se com origem legal ou não – terem movimentações imensas em suas contas bancárias, embora nome algum tenha sido revelado, porque as investigações são feitas dentro da prudência da lei, que deve preservar a todos.
E quem preserva essa pobre gente e seus filhos? Crianças, que os senhores juízes, quando são seus filhos, cuidam com tanto empenho, com tantas babás, boas creches, escolas de qualidade e todos os mimos e carícias?
Suas Excelências, decerto, não são monstros e não deixam de saber que – não importa que ganhem muito bem por seu trabalho – do fundamento jurídico da igualdade humana e dos princípios constituicionais da proteção aos direitos humanos e, sobretudo, das crianças. Inclusive e, especialmente, das pobres, que não têm senão o Estado para tutelar seus direitos mais comezinhos.
O que ocorreu em Pinheirinho não se passou no interior de Rondônia, nas selvas do Pará, ou em outro lugar remoto do qual se pudesse dizer estar além das fronteiras da compreensão moderna da aplicação da lei como instrumento de proteção a direitos – e os sociais sempre se sobrepõem, do ponto de vista do Estado, aos individuais, embora não possam anula-los – e não a privilégios.
A Suprema Corte brasileira, que considerou relevante proteger os direitos do Sr. Daniel Dantas, para que este não fosse exposto com algemas nas mãos, acha correto disparar balas de borracha – nem falo das de verdade, que se disparou também – contra mulheres e crianças? A Justiça brasileira acha correto contribuir para o risco de promover outra Eldorado dos Carajás ali pertinho da maior metrópole do hemisfério Sul?
O que está acontecendo com o Direito e a Justiça deste país?
Quando se trata de pressionar o Governo Federal para conceder aumentos ao Judiciário, há declarações públicas, tratativas políticas o apelo ao bom funcionamento de uma instituição da República.
Quando se trata de defender seus mais frágeis jurisdicionados nem mesmo um apelo à moderação, à humanidade, ao bom-senso. Havia, na ordem mandatória do despejo, alguma determinação de que houvesse assistência social, preparação dos serviços públicos para encaminhar as pessoas a casas, as crianças a escolas, os carentes à assistência devida?
Ou apenas para enxotá-los, como se fossem cães?
Será que precisamos de um novo Sobral Pinto para constranger a Justiça brasileira, pedindo que se aplique aos seres humanos do Pinheirinho a lei de proteção aos animais?
O ovo da serpente, ao qual se referiu a Ministra Eliana Calmon, eclodiu em São José dos Campos. Um Judiciário – porque seria desonroso chamar a isso de Justiça – que é algo que já não se rege nem pela moralidade e nem mesmo pela humanidade.
Há um campo de refugiados em São José dos Campos. Lá estão os flagelados. Não da seca, não das chuvas.
Os flagelados do Judiciário brasileiro, que repete a olímpica indiferença de Maria Antonieta.
III- No aniversário de São Paulo protestantes vão contra  o  carro do adorado e votado prefeito Kassab, e ele reclama da violência das pessoas, até entende os protestos, mas sem violência, né?

Kassab lamenta uso de violência em manifestação na Sé

O prefeito disse compreender os protestos, mas condenou o uso de violência de parte dos manifestantes

 
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Kassab lamenta uso de violência em manifestação na SéO prefeito disse compreender os protestos, mas condenou o uso de violência de parte dos manifestantes
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Kassab lamenta uso de violência em manifestação na SéO prefeito disse compreender os protestos, mas condenou o uso de violência de parte dos manifestantes
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Foto: AEAmpliar
Kassab tenta sair da Catedral da Sé
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), lamentou as manifestações da manhã de hoje no centro da capital paulista contra as ações do governo estadual para desocupar o terreno da comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, e da prefeitura paulistana na região da Cracolândia.
O prefeito disse compreender os protestos, mas condenou o uso de violência de parte dos manifestantes que cercaram e atacaram no carro do prefeito na saída da Catedral de Sé, onde foi celebrada uma missa em comemoração aos 458 anos de São Paulo.
"Estamos vivendo um período democrático e temos de ter compreensão com as manifestações, mas lamentamos o uso de violência que não é o melhor caminho", disse Kassab. O prefeito disse entender que existam pessoas que não concordam com as ações do governo e da Prefeitura na região central da cidade, conhecida como Cracolândia, mas reiterou que o diálogo é a melhor alternativa para discutir ações públicas. "Quem está na vida pública, sabe compreender até mesmo ações violentas, indevidas e de falta de respeito, mas tudo isso depõe contra os argumentos de quem protesta", disse.
O prefeito afirmou que o objetivo da polícia na Cracolândia é reprimir e enfrentar o crime e os traficantes. A prioridade, de acordo com ele, é encaminhar os dependentes químicos para a assistência social e para tratamento.




Irônica realidade, se não fosse verdade, pareceria um filme de comédia, ou seria trajédia?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A serpente, desde seu ovo (no Tijolaço)


Outro  dia, a Ministra Eliane Calmon disse, a propósito dos escândalos no  Judiciário, que “todo mundo vê a serpente nascendo pela transparência do  ovo,  mas ninguém acredita que uma serpente está nascendo”.
Talvez seja a mais precisa definição para aqueilo que, há exatas 20  anos, pregava no deserto um cidadão que tinha a coragem, que vai  faltando cada vez mais neste país, de enfrentar o monopólio avassalador  (de vontades, inclusive) representado pela Rede Globo.
Este indescritível episódio do “BBB”, no qual rasteja na lama a maior  emissora de televisão brasileira, que repercute pelo mundo  vergonhosamente e, pior, corroi-nos as estranhas a todos os que  acreditamos no respeito e na dignidade  como essência relações humanas, é  apenas um estágio – quais serão os próximos? – de uma jornada para a  barbárie, infelizmente consentida por parte de nossa inteligência, por  medo, cumplicidade ou simples covardia ante o poder.
O ovo desta serpente, há exatos 20 anos, era transparente.  E houve  quem lhe apontasse a natureza sibilante, peçonhenta, deformante, mortal  para uma sociedade que pretende ser humana.
Por isso, e com a inestimável ajuda do Ápio Gomes – guardião  invencível dos textos publicados por Leonel Brizola – republico um de  seus textos sobre o  tema.
O ovo da serpente
A violência que todos vêem e poucos percebem
Durante uma semana – de 5 a 11 de janeiro de 1992 – uma equipe de  pesquisadores acompanhou toda a programação da Rede Globo. Foram  examinados meticulosamente 77 programas, entre filmes, seriados,  novelas, humorísticos, variedades, noticiários e infantis. Os  pesquisadores permaneceram 114 horas e 33 minutos diante da televisão.  Da totalização final, foram excluídos os programas jornalísticos para  separar o que é noticiário da programação escolhida deliberadamente pela  própria emissora.
 O que estes pesquisadores encontraram foi uma verdadeira escola do  crime e da violência. Naquela semana, a Globo exibiu 244 homicídios  tentados ou consumados, 397 agressões, 190 ameaças, 11 seqüestros, 5  crimes sexuais com violência ou ameaça, 26 crimes sexuais de sedução, 60  casos de condução de veículos com perigo para terceiros ou sob efeito  de drogas, 12 casos de tráfico ou uso de drogas, 50 de formação de  quadrilhas, 14 rou bos, 11 furtos, 5 estelionatos, e mais 137 outros,  entre os quais: tortura (12), corrupção (4), crimes ambientais (3),  apologia ao crime (2) e até mesmo suicídios (3).
 E não se diga que isto é veiculado nos chamados programas para  adultos. A programação infantil é repleta de imagens de violência,  inclusive em desenhos animados, com 58 cenas diárias de violência.  Projetando tal constatação, verifica-se que anualmente a Rede Globo  propicia às crianças brasileiras a visão de 21.222 cenas de violência.  Se considerarmos que a média diária geral da programação é de 166 cenas  de violência, chegaremos à conclusão de que a programação infantil detém  34,9% da violência diária transmitida pela TV Globo.
 Para os espectadores de novelas estão reservadas 150 cenas de crimes  por semana (média diária de 21,4). Já os apreciadores de seriados têm à  disposição 79 crimes semanais (média diária de 11,2). E quem aco mpanha a  programação humorística e de variedades vai se deparar com 74 episódios  violentos, principalmente agressões (média diária de 10,5).
 Os documentos comprobatórios desta pesquisa encontram-se em poder do  Dr. Nilo Batista, Secretário de Justiça do Estado, à disposição de quem  desejar consultá-los. Estes números estarrecedores nos permitem  questionar a autoridade moral da Globo, tevê e rádio, e do jornal O  Globo e o papel destrutivo que vêm desempenhando. Já chamei a atenção de  meus compatriotas para a instigante coincidência entre o crescimento  das Organizações Globo e o crescimento da violência em nosso País. Esta  pesquisa revela que não se trata de mera coincidência. Estudos  criminológicos – os mais respeitados – advertem para as conseqüências da  exposição de cenas de violência às crianças e às pessoas ainda  imaturas. As Organizações Globo, quanto a este aspecto, representam uma  autêntica e verdad eira escola do crime, reproduzindo e estimulando a  cultura da violência, que encontra campo fértil numa sociedade  fortemente marcada pela injustiça, pela pobreza e pelo atraso.
 A Globo, que comete contra nossas crianças e jovens este crime – que  países como os europeus de nenhuma forma admitiriam –, é a mesma que  utiliza seus maiores e melhores espaços para destruir um programa  educacional como o dos Cieps e dos Ciacs. Minha mensagem aos pais e avós  é que defendam seus filhos e netos como puderem, enquanto combatemos –  como o pequeno Davi diante de Golias – essa hidra gigantesca, diante da  qual tantos se omitem ou, pior ainda, se intimidam e se curvam,  submissos.
(Leonel Brizola, 19 de janeiro de 1992, no Jornal do Brasil)


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Revolução dos Bichos

Animal Farm (A Revolução dos Bichos (título no Brasil) ou O Porco Triunfante/​O Triunfo dos Porcos/​A Quinta dos Ani­mais[1] (título em Portugal)) é um romance alegórico do escritor inglês George Orwell, apontado pela revista americana Time entre os cem melhores da língua inglesa. A sátira feita pelo livro à União Soviética comunista obteve o 31º lugar na lista dos melhores romances do século XX organizada pela Modern Library List.[2]
O livro narra uma história de corrupção e traição e recorre a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas e demolir o "paraíso comunista" proposto pela Rússia na época de Stalin. A revolta dos animais da Manor Farm contra os humanos é liderada pelos porcos Snowball (Bola-de-Neve) e Napoleon (Napoleão). Os animais tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleon é seduzido pelo poder, afasta Snowball e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos.[3]
Para o autor, um social-democrata[4] e membro do Partido Trabalhista Independente por muitos anos, a obra é uma sátira à política stalinista que, segundo sua ótica, teria traído os princípios da revolução russa de 1917.

Sentindo chegar sua hora, Major, um velho porco, reúne os animais da fazenda para compartilhar de um sonho: serem governados por eles próprios, os animais, sem a submissão e exploração do homem. Ensinou-lhes uma antiga canção, Animais da Inglaterra (Beasts of England), que resume a filosofia do Animalismo, exaltando a igualdade entre eles e os tempos prósperos que estavam por vir, deixando os demais animais extasiados com as possibilidades.

O velho Major faleceu três dias depois, tomando a frente os astutos e jovens porcos Bola-de-Neve e Napoleão, que passaram a se reunir clandestinamente a fim de traçar as estratégias da revolução. Certo dia Sr. Jones, então proprietário da fazenda, se descuidou na alimentação dos animais, fato este que se tornou o estopim para aqueles bichos. Deu-se a Revolução.
Sob o comando dos inteligentes e letrados porcos, os animais passaram a chamar a Quinta Manor de Quinta dos Animais pt / Granja ou Fazenda dos Bichos br, e aprenderam os Sete Mandamentos, que, a princípio, ganhava a seguinte forma:
Cquote1.svg1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.
Cquote2.svg
Para os animais menos inteligentes, os porcos resumiram os mandamentos apenas na máxima "Quatro pernas bom, duas pernas ruim" que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas. Após a primeira invasão dos humanos, na tentativa frustrada de retomar a fazenda, Bola-de-Neve luta bravamente, dedica todo o seu tempo ao aprimoramento da fazenda e da qualidade de vida de todos, mas, mesmo assim, Napoleão o expulsa do território, alegando sérias acusações contra o antigo companheiro. Acusações estas que se prolongam por toda história, mesmo após o desaparecimento de Bola-de-Neve, na tentativa de encobrir algo ou mesmo ter alguma explicação para os animais para catástrofes, criando-se um mito em torno do porco que, a partir daí, é considerado um traidor.
Napoleão se apossa da idéia de Bola-de-Neve de construir um moinho de vento para a geração de energia, mesmo havendo feito duras críticas à imaginação do companheiro, e inicia a sua construção. Algum tempo depois, os porcos começam a negociar com os agricultores da região, recusando a existência de uma resolução de não contactar com os humanos, apontando essa idéia como mais uma invenção de Bola-de-Neve. Os porcos passam ainda a viver na antiga casa de Sr. Jones e começam a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro:
Cquote1.svg
4. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.
5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.
Cquote2.svg
O hino da Revolução é banido, já que a sociedade ideal descrita, segundo Napoleão já teria sido atingida sob o seu comando. Napoleão é declarado líder por unanimidade. As condições de trabalho se degradam, os animais recebem novo ataque humano e já não se lembram se na época em que estavam submissos ao Sr. Jones era mesmo pior, mas lembravam-se da liberdade proclamada, e eram sempre lembrados por sábios discursos suínos, principalmente os proferidos por Garganta, um porco com especial capacidade persuasiva. Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, a produtividade da Quinta[5] dos Animais. Os outros animais trabalham arduamente em troca de míseras rações. O que se assiste é um arremedo grotesco da sociedade humana.
O slogan das ovelhas fora modificado ligeiramente, “Quatro pernas bom, duas pernas melhor!”, pois agora os porcos andavam sobre as duas patas traseiras. No final, os animais, ao olhar para dentro de casa, já não conseguem distinguir os porcos dos homens.

Fonte: wikipedia


FILME (dublado)


Para clarear o dia chuvoso

É incrível como a natureza ainda não nos tem raiva, mesmo depois de tudo que fizemos com ela. A mesma praia que estava cheia de lixo proporciona um amanhecer (no mesmo dia) lindo!!!
Não, é crível sim, que a raiva é algo passível somente da "natureza humana", assim como a violência contra a vida. A natureza não humana, apenas é, até que deixe ser, e quando não deixar, ela lutará pela sua existência e não temos chances nenhuma de ir contra nossa criadora.






        fotos by JTJ

FACEBOOK, INSTRUMENTO DO IMPÉRIO

 
Retirado do site: http://resistir.info/
 

domingo, 15 de janeiro de 2012

Novo Nordeste

De uma série de reportagens para o Jornal da Record, cuja primeira semana é em Pernambuco. (Já pensou se a globo faz uma coisa dessa, ainda mais colocando que os programas e investimentos Federais que estimulam grande parte deste crescimento- é por isso que no Nordeste, em que essa nova realidade está visível em suas portas e não na rede de televisão, não se escuta falar de PSDB, etc)









Ironia ou sarcasmo... a verdade é óbvia demais para ser dita, mas precisa de razão, o que o ópio do entretenimento (sociedade do espetáculo) vela facilmente sua existência para as massas!

Nada como pagar para ver um show em uma arena montada na praia (LOCAL PÚBLICO); enriquecer um rapaz que só tem duas músicas ( que não foi ele quem fez); gritar, beijar todo mundo e beber até cair inconsciente; tudo isso esmagado entre outros milhares que farão a mesma coisa... e é claro, deixar todo nosso lixo para outros pobres recolherem, degradando e "matando" toda natureza, deixando a praia (novamente lembrando que é um local público) cheirando mal, com restos de bebidas, garrafas, com cacos de vidro, imprópria, etc.
Depois vamos falar de respeito, de liberdade,  de deixar de usar as sacolinhas plásticas no mercado, de louvor a Deus "o criador do Universo" e da natureza, dos "políticos, que são ladrões", dos homossexuais "que são imorais", dos negros ou nordestinos "sem cultura"...
Imagens de ontem (14/01/2012) por volta de 6:30h





                                                                           Fotos by TJ

Qualquer semelhança com algum local que vocês conheçam não é mera coincidência. Isso não é só a cidade "X", que fotografei esta manhã, mas a "Y", a "W", dentre diversas outras. A questão não é local e espacial, mas de inconsciência humana e desrespeito ao ambiente e ao outro, bem como a ignorância acerca do conceito de público.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Enquanto isso...

Lembram do vídeo que postei há alguns meses atrás...muitos... "A história das coisas"? Em uma parte dele relata a "preocupação" da narradora que, ao comprar um rádio muito barato importado de outro país (China?) pensava o quanto cada trabalhador ganhava, ou o quanto cada trabalhador não era explorado para que pudessemos comprar um rádio (uma caneta, um tênis, um celular...) tão barato. Pois é, olha o que custa:

300 operários da Foxconn ameaçam se suicidar caso não recebam aumento de salário



Trabalhadores dentro de uma fábrica da Foxconn na província de Guangdon (Foto: AFP)
Cerca de 300 trabalhadores chineses da Foxconn anunciaram no último dia 3 que iriam cometer suicídio coletivo caso seus salários não fossem elevados. Os funcionários em questão trabalham na linha de montagem do console Xbox, da Microsoft. Eles ameaçaram se atirar do último andar da fábrica caso suas exigências fossem negadas e permaneceram na cobertura do prédio por dois dias.
Segundo o site Tom’s Hardware, a Foxconn sugeriu que os trabalhadores insatisfeitos pedissem demissão e recebessem o salário deste mês. A companhia, contudo, não pagou sequer o salário prometido. Aí a vontade de se matar cresceu entre os chineses.
Os chineses só não se atiraram do prédio porque o prefeito da cidade de Wuhan, cidade sede da Foxconn, os convenceu a desistir da loucura. Em 2010, 14 funcionários cometeram suicídio como forma de protesto contra as péssimas condições de trabalho e as baixas remunerações recebidas. Nesse caso, a Foxconn tratou de rever o número de horas de trabalho dos funcionários, os salários e as horas extras de seus operários.
A situação dos 300 chineses ainda não foi definida.

fonte: http://br.noticias.yahoo.com/300-oper%C3%A1rios-foxconn-amea%C3%A7am-se-suicidar-caso-recebam-164412059.html


Enquanto isso, o dono da Microsoft fica cada vez mais rico, haja trabalho, coitado!!!


ZEITGEIST III

Mas ainda não encontrei o vídeo completo para baixar, só em 16 partes, aí vai a PARTE I

domingo, 8 de janeiro de 2012

NY Times: O Brasil se torna ímã para trabalhadores estrangeiros

Haitians Take Arduous Path to Brazil, and Jobs
Published: January 6, 2012
BRASILÉIA, Brazil — Sobre a odisseia que o levou a esta cidade na Amazônia brasileira, Wesley Saint-Fleur só demonstrou um olhar de exaustão e atordoamento.
Meses atrás, ele embarcou em um ônibus no Haiti, antes de pegar um avião na República Dominicana, que pousou primeiro no Panamá e depois no Equador. Lá sua mulher deu à luz ao filho, Isaac, ele contou, balançando o bebê de quatro meses no joelho e mostrando o documento de identificação equatoriano do menino.
Então eles continuaram de ônibus  novamente, através do Equador e do Peru. Em seguida, foram a pé até a Bolívia, onde ele e a mulher tiveram as roupas e as economias furtadas pela polícia: 320 dólares em dinheiro.
“Então nós finalmente chegamos ao Brasil, que me dizem está construindo de tudo, estádios, barragens, estradas”, disse o sr. Saint-Fleur, 27, um operário da construção, um de centenas de haitianos que se juntam todos os dias em torno da praza cheia de palmeiras de Brasiléia. “Tudo o que eu quero é trabalhar e o Brasil, graças a Deus, tem empregos para nós”.
Apostando tudo, milhares de haitianos fizeram este caminho através das Américas para atingir pequenas cidades da Amazônia brasileira no ano passado, numa busca desesperada por trabalho. Houve a chegada de centenas em dias recentes, em meio a temores de que o governo brasileiro terá de reduzir o fluxo antes que as autoridades locais não dêem mais conta de recebê-los.
Suas jornadas improváveis — dos destroços de suas casas na ilha a esses lugares remotos da Amazônia — dizem muito sobre as difíceis condições econômicas que persistem no Haiti dois anos depois do terremoto, mas também sobre o crescente poderio econômico do Brasil, que está se tornando rapidamente um ímã para trabalhadores estrangeiros pobres, mas também para um número crescente de profissionais educados da Europa, dos Estados Unidos e da América Latina.
Ao chegar neste e em outros pontos da fronteira, os haitianos recebem vacinas, água limpa e duas refeições por dia das autoridades. Alguns ficam por semanas em Brasiléia e outras cidades antes de receberem vistos humanitários que permitem a eles trabalhar no Brasil.
Mas com o grande número de novos imigrantes, outros não tem tido a mesma sorte. Depois de viajar milhares de quilômetros e superar muitos obstáculos, alguns se juntam em oitopessoas num pequeno quarto de hotel ou acabam dormindo nas ruas, quase revivendo a miséria que esperavam ter deixado para trás.
“Não posso permitir que a tristeza chegue, já que oportunidades virão depois desta fase”, diz Simonvil Cenel, 33, um alfaiate que está esperando o visto e que lidera animados cultos evangélicos para os que ficam no limbo depois de terem enfrentado de tudo para chegar aqui.
Cerca de 4 mil haitianos imigraram para o Brasil desde o terremoto de 2010, em geral passando primeiro pelo Equador, um país mais pobre e com políticas relaxadas de imigração. O Brasil fez uma exceção para os haitianos, em contraste com os que buscam emprego vindos do Paquistão, da Índia e de Bangladesh, que usam as mesmas rotas amazônicas mas são normalmente expulsos.
“O Haiti está se recuperando de um período de crise extrema, e o Brasil está em condições de ajudar essas pessoas”, disse Valdecir Nicácio, uma autoridade de Direitos Humanos do estado do Acre, onde fica Brasiléia. “Antes de chegar aqui, eles ficam à mercê dos traficantes de humanos”, ele disse. “O Brasil é suficientemente grande para absorver os haitianos que querem empregos”.
Com o número de haitianos crescendo fortemente em dias recentes, as autoridades em Brasiléia e Tabatinga, uma cidade fronteiriça do estado do Amazonas, alertam sobre dificuldades para alimentar e hospedar os haitianos enquanto os pedidos de visto são avaliados. Autoridades federais responderam mandando toneladas de comida para os haitianos, que hoje são mais de mil em cada uma das cidades.
Lidar com uma crise imigratória em suas fronteiras é um novo dilema para o Brasil, que até recentemente estava mais preocupado com a saída de seus próprios cidadãos que buscavam oportunidades nos países ricos do que com a chegada de milhares de estrangeiros empobrecidos.
Embora o crescimento econômico tenha se reduzido recentemente no Brasil, o desemprego permanece em um nível historicamente baixo de 5,2% e muitas companhias encontram dificuldades para encontrar trabalhadores e preencher vagas. Os salários também subiram para os que ocupam os níveis mais baixos do mercado de trabalho, com a renda dos brasileiros pobres subindo sete vezes mais que a renda dos brasileiros ricos entre 2003 e 2009.
“Estamos experimentando um declínio em nossa força de trabalho porque muitos brasileiros vão trabalhar em dois projetos hidrelétricos”, disse Ana Terezinha Carvalho, a analista de pessoal da Marquise, uma companhia de Porto Velho. A cidade fica no alto da bacia amazônica, onde o Brasil emprega milhares para construir duas grandes represas, chamadas Jirau e Santo Antônio.
A sra. Carvalho disse que a companhia dela rapidamente contratou 37 haitianos que chegaram no ano passado, para coletar lixo em Porto Velho e levar até o aterro sanitário.  Alguns ganham mais de 800 dólares por mês, num trabalho que inclui seguro de saúde, hora extra e feriados pagos. “Não havia brasileiros, ficamos felizes ao contratar haitianos”, ela disse.
As autoridades estimam que cerca de 500 haitianos vivem em Porto Velho e cerca de 700 em Manaus, a maior cidade brasileira na Amazônia. Centenas de outros chegaram a São Paulo, a capital econômica do Brasil. Companhias como a Fibratec, um fabricante de piscinas do estado de Santa Catarina, enviaram gerentes até aqui para contratar dezenas de haitianos.
Além de atender a demanda por trabalho baraoa, o empenho em permitir que haitianos trabalhem no Brasil demonstra a ambição do país em ter maior influência regional, ao tentar aliviar os problemas da nação mais pobre do hemisfério.
Desde 2004, o Brasil manda tropas para liderar a missão de paz das Nações Unidas no Haiti. Mas agora há mais haitianos no Brasil do que soldados brasileiros no Haiti. Em setembro, o Brasil anunciou que ia começar a reduzir o número de seus soldados — 2 mil — na nação caribenha.
A maioria dos haitianos espera passar algumas semanas no limbo da imigração em Brasiléia, antes de seguir viagem. Alguns, como Francisco Joseph, de 25 anos, aproveitam seu tempo aqui. Ele compra cartões de celular pré-pago atravessando a ponte até Cobija, na Bolívia, e os vende aos haitianos que ficam na praça de Brasiléia com 30 centavos de dólar de lucro por cartão. Ele ganha até 10 dólares por dia.
“Esse pouquinho de dinheiro me dá um pouquinho de dignidade”, ele diz.
Outros, como Jacksin Etienne, 31, tem sonhos maiores. Um poliglota que passa facilmente do inglês para o espanhol, deste para o francês e em seguida para o creole, o sr. Etienne diz que espera trabalhar como tradutor em um hotel.
“Quero ir direto para São Paulo, a Nova York da América do Sul”, ele diz. “O Brasil está em ascensão e precisa de gente como eu”.
Lis Horta Moriconi and Erika O’Conor contributed reporting from Rio de Janeiro.
PS do Viomundo: Eu não sei se o dado é real, mas fico imaginando o cara lá de Wisconsin lendo na primeira página do New York Times que a renda dos mais pobres subiu sete vezes mais que a dos mais ricos no Brasil…

É assim que começa o livro "Sociedade do Espetáculo", de Guy Debord


Et sans doute notre temps... préfère l’image à la chose, la copie à l’original, la représentation à la réalité, l’apparence à l’être... Ce qui est sacré pour lui, ce n’est que l’illusion, mais ce qui est profane, c’est la vérité. Mieux, le sacré grandit à ses yeux à mesure que décroît la vérité et que l’illusion croît, si bien que le comble de l’illusion est aussi pour lui le comble du sacré


Feuerbach (Préface à la deuxième édition de L’Essence du christianisme)

Ou seja...


Nosso tempo, sem dúvida... prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser... O que é sagrado para ele, não passa de ilusão, pois a verdade está no profano. Ou seja, à medida que ecresce a verdade a ilusão aumenta, e o sagrado cresce a seus olhos de forma que o cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
Feuerbach — Prefácio à segunda edição de A Essência do Cristianism


Sei que já recomendei, mas vale a pena lembrar, agora em pdf:



 


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Carta Maior: A ordem criminosa do mundo

Em novembro de 2008, a TVE (Espanha) exibiu um documentário intitulado “A ordem criminosa do mundo”. Nele, Eduardo Galeano, Jean Ziegler e outras personalidades mundiais falam sobre a transformação da ordem capitalista mundial em um esquema mortífero e criminoso para milhões de pessoas em todo o mundo. Mais de três anos depois, o documentário permanece mais atual do que nunca, com alguns traços antecipatórios da crise que viria atingir em cheio também a Europa. Reproduzimos aqui o vídeo, legendado em português, e algumas das principais afirmações de Galeano e Ziegler:
“Os verdadeiros donos do mundo hoje são invisíveis. Não estão submetidos a nenhum controle social, sindical, parlamentar. São homens nas sombras que procuram o governo do mundo. Atrás dos Estados, atrás das organizações internacionais, há um governo oligárquico, de muito poucas pessoas, mas que exercem um controle social sobre a humanidade, como jamais Papa algum, Imperador ou Rei teve”. (Jean Ziegler)
“O atual sistema universal de poder converteu o mundo num manicômio e num matadouro” (Eduardo Galeano).
“O capital financeiro percorre o planeta 24 horas por dia com um único objetivo: buscar o lucro máximo. A globalização é uma grande mentira. Os donos do grande capital que dirigem o mecanismo da globalização dizem: Vamos criar economias unificadas pelo mundo inteiro e assim todos poderão desfrutar de riqueza e de progresso. O que existe, na verdade, é de uma economia de arquipélagos que a globalização criou” (Jean Ziegler).
“Há três organizações muito poderosas que regulam os acontecimentos econômicos: Banco Mundial, FMI e OMC; são os bombeiros piromaníacos. Elas são, fundamentalmente, organizações mercenárias da oligarquia do capital financeiro invisível mundial” (Jean Ziegler).
“Eu não creio que se possa lutar contra a pobreza e criar uma estratégia de luta contra a pobreza sem lutar contra a riqueza, contra os ricos, pois os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres” (José Collado, Missionário em Níger).
“Todos os dias neste planeta, segundo a FAO, 100 mil pessoas morrem de fome ou por causa de suas consequências imediatas” (Jean Ziegler).
“Hoje as torturas são chamadas de “procedimento legal”, a traição se chama “realismo”, o oportunismo se chama “pragmatismo”, o imperialismo se chama “globalização” e as vítimas do imperialismo, “países em vias de desenvolvimento. O dicionário também foi assassinado pela organização criminosa do mundo. As palavras já não dizem o que dizem, ou não sabemos o que dizem” (Eduardo Galeano).
“Se hoje eu digo que faz falta uma rebelião, uma revolução, um desmoronamento, uma mudança total desta ordem mortífera e absurda do mundo, simplesmente estou sendo fiel á tradição mais íntima, mais sagrada da nossa civilização ocidental. O nosso dever primordial hoje deve ser reconquistar a mentalidade simbólica e dizer que a ordem mundial, tal como está, é criminosa. Ela é frontalmente contrária aos direitos do homem e aos textos fundacionais das nossas civilizações ocidentais” (Jean Ziegler).
“A primeira coisa que devemos fazer é olhar para a situação de frente e não considerar como normal e natural a destruição, por exemplo, de 36 milhões de pessoas por culpa da fome e da desnutrição. Se houvesse uma só morte por fome em Paris haveria uma revolta. De nenhum modo devemos permitir que as grandes organizações de comunicação nos intimidem, nem as fábricas das teorias neoliberais das grandes corporações, pois todas as corporações se ocupam, primeiro, de controlar as consciências, de controlar como podem a imprensa e o debate público” (Jean Ziegler).