domingo, 7 de outubro de 2012

O que você vai assistir explica por que a Globo cancelou o debate de hoje em São Paulo...


No youtube:
 
Publicado em 04/10/2012 por
A Rede Globo de Televisão, emissora que fez questão de transmitir o ultimo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo nesta quinta-feira (4 de outubro de 2012), cancelou o debate alegando que não poderia cumprir a lei - que garante que todos os candidatos com representação nas pesquisas têm o direito de participar - alegando que a quantidade de candidatos não é "apropriado para o formato de televisão" (alegação que não atrapalhou nem a Band, nem a Gazeta e nem a Cultura de realizarem os seus debates.

Por outro lado, a Rede Globo tem um longo histórico de aproximação com o PSDB, chegando a abrigar em sua corporação ex-assessores de altos membros do tucanato em cargos-chave da organização (como editor-chefe do jornal OGLOBO).

Diante da tragédia anunciada que é o desempenho do candidato do PSDB nos debates e nas pesquisas, a única forma de tentar frear a queda vertiginosa de José Serra na aceitação do eleitor é sumir com o candidato.


E porque será que a tribuna não fez debate dos candidatos de Santos... difícil saber, né?

sábado, 6 de outubro de 2012

É muito serio e triste o que estão fazendo com esse julgamento do "mensalão", num período bastante suspeito: época de eleição!

Os caras que lutaram contra a Ditadura Militar, tanto O Dirceu, quanto o Genoino, que escaparam com vida do Regime Militar, são agora perseguidos pela chamada democracia, é vergonhoso e fere os direitos institucionais. Tudo em prol de campanhas anti-petistas para ganharem o poder e convencer a população...
 
 
Saiu no site da Época:  O lugar de Genoino  / São Paulo, 5/10/2012

Paulo Moreira Leite
colunista da revista epoca.


Nossos crocodilos ficaram sentimentais. Em toda parte vejo lágrimas que acompanham os votos que condenam José Genoino.

Na imprensa, em conversas com amigos, ouço o comentário, em tom de solidariedade. Parece consciência pesada, em alguns casos.

Não estamos diante de um melodrama mas de uma tragédia.

Genoino está sendo condenado num julgamento marcado por incongruências, denuncias incompletas e presunções de culpa que começam a incomodar estudiosos e acadêmicos. Foi isso que  explicou Margarida Lacombe, professora de Direito da UFRJ, em comentário na Globo News. Sem perder suavidade na voz,  a professora  falou sobre necessidade de provas contundentes quando se pretende privar a liberdade de uma pessoa. Não falou de casos concretos, não criticou. Fez o melhor: informou.  Lembrou como esse ponto – a liberdade – é importante.

Vamos começar.

O STF que está condenando Genoino absolveu Fernando Collor com o argumento de “falta de provas.”

É o mesmo STF que, em tempos muito mais recentes, impediu que o país apurasse, investigasse e punisse a tortura ocorrida no regime militar.

Então ficamos assim. José Genoino, vítima da tortura que o STF impediu que fosse apurada, será condenado por corrupção, ao contrário de Fernando Collor.

Parece o Samba do Crioulo Doido do Stanislaw Ponte Preta. É. Mas não é o texto. E a “realidade brasileira”, como se dizia no tempo em que a polícia política perseguia militantes como Genoino.

Não há provas materiais contra Genoino e tudo que se pode alegar contra ele é menos consistente do que se poderia alegar contra Collor. Mas as provas da  tortura são abundantes. Estão nos arquivos do Brasil Nunca Mais e em outros trabalhos. Foram arrancadas na dor, no sofrimento, na porrada, no sangue e, algumas vezes, na morte. Em plena ditadura, 1918 vítimas da tortura deixaram registros dessa violência nos arquivos da Justiça Militar.  Nenhuma foi apurada e, se depender da decisão do STF, nunca será.

Collor foi beneficiado porque  provas muito contundentes  contra ele foram anuladas. Considerou-se, na época,  que a privacidade do tesoureiro PC Farias havia sido violada quando a Polícia Federal quebrou o sigilo de um computador que servia ao esquema. Essa decisão – em nome da privacidade — salvou Collor.

Você pode dizer que os tempos eram outros e que agora não se aceita mais tanta impunidade. Aceita-se. Basta lembrar que, na mesma época, o mensalão do PSDB-MG virou fumaça na Justiça Comum. E quando Márcio Thomaz Bastos tentou mudar o julgamento do mensalão federal, alegou-se que era no STF que os crimes graves são punidos.

Vamos continuar.

Genoino está sendo condenado  porque “não é plausível” que não soubesse do esquema. “Plausível”, informa o Houaiss,  é sinônimo de aceitável, razoável. Olha o tamanho da subjetividade, da incerteza.

Isso porque ele assinou o pedido de empréstimo de R$ 3,5 milhões para o Banco Rural e por dez vezes refez o pedido.  Não é plausível imaginar que um presidente do PT fizesse tudo isso sem saber de nada, acreditam três ministros do Supremo.

Mas fatos que são líquidos e certos não comoveram a acusação com a mesma clareza.

O empresário Daniel Dantas deu R$ 3,5 milhões para amolecer Delúbio Soares e Marcos Valério e cair nas graças do esquema.  Não foram R$ 3,5 milhões subjetivos mas inteiramente objetivos.

Um pouco mais tarde, seu braço direito Carla Cicco assinou um contrato de R$ 50 milhões com as agências de Marcos Valério para transformar a turma do PT em geléia. Chegaram tarde. Depois de pagar a primeira prestação, a casa caiu e eles suspenderam o pagamento.

Como não gosto de pré-julgar, não acho que Daniel Dantas seja culpado por antecipação. Não acho mesmo. Vai ver que estava tudo lá, bonitinho. Também podia ser ajuda para o Fome Zero rsrsrsrsrs

Ou quem sabe fosse tudo para Valubio.

Mas não teria sido melhor que ele fosse ouvido no tribunal, para mostrar sua inocência?

Não teria sido uma forma de mostrar que a Justiça é cega?

Mas ela não foi.

O esquema privado do mensalão, informa a CPMI, chegou a R$ 200 milhões. Quantos empresários foram lá, dar explicações? Nenhum.

Alguém acha plausível, aceitável, razoável, que fossem inocentados por antecipação?

Não há nada “plausível” que se possa fazer com R$ 200 milhões?

Só a Telemig, que pertencia ao grupo Opportunity, de Daniel Dantas, entregou mais dinheiro às agências de Valério do que o Visanet, que jogou o petista Henrique Pizzolato na vala dos condenados logo nos primeiros dias.

O que é plausível, neste caso?

Nós sabemos – e ninguém duvida disso – que Genoino fazia política o tempo inteiro. Fez isso a vida toda, com tamanha inquietação que,  numa fase andou pela guerrilha do Araguaia e, em outra, ficou tão moderado que parecia que ia preencher ficha de ingresso no PSDB.

Chegou a liderar um partido revolucionário à esquerda do PC do B e depois integrou as correntes mais à direita do PT.

Então vamos lá. É plausível imaginar que Genoino tenha ido atrás de recursos de campanha? Sim. É plausível e até natural. Basta deixar de ser hipócrita para compreender. Política se faz com quadros, imprensa, propaganda, funcionários. Isso custa dinheiro.

Isso fez dele um dirigente que subornava  adversários para convencê-los a mudar de lado, como quer a acusação? Não.

Eu não acho plausível, nem aceitável nem razoável. Duvido inteiramente, aliás.

E se eu tiver errado, quero que me provem – de forma clara, contundente. Sem essas suposições, sem um quebra-cabeças que joga com a liberdade humana.

Sem fogueira de tantas vaidades.

Não chore por nós Genoino.

Alegou-se que a tortura não poderia ser apurada para preservar a transicão democrática.

A democracia avançou, as conquistas foram imensas. Mas os perseguidos, no fundo, bem no fundo, são os mesmos.

Não é um melodrama. É uma tragédia.
 
 
http://www.varaldeideias.com/wp-content/uploads/2(11).jpg
fotografia de 13 dos 15 presos políticos libertados em troca do embaixador Elbrick – sequestrado numa ação conjunta da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). (entre eles, José Dirceu) - fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/tag/presos/

Quando eu digo que de "artistas" não tem nada...

Eles abusam do Auto-Tune:
 
A 2ª temporada do "The X-Factor" mal começou nos Estados Unidos e já está pegando fogo. Tudo isso porque um concorrente soltou o verbo contra a jurada Demi Lovato, acusando a cantora de usar o auto-tune, aquele dispositivo que ajuda na afinação de voz.

Criado em 1994, o recurso se popularizou quatro anos depois. O programa de computador, que inicialmente tinha como objetivo ajustar imperfeições, acabou virando febre e é utilizado além do ideal. "É algo útil que virou praga a partir do mau gosto de DJs, radialistas e do próprio público americano. O big bang do modismo se deu com "Believe" (gravado em 1998), com a Cher, cantora que normalmente não necessitaria desse tipo de recurso. Além da 'brincadeirinha' do efeito, ele também pode mascarar a falta de talento de várias cantoras e cantores", explica o editor-chefe da revista Billboard Brasil, Pedro Só.

Além de Demi, artistas como Rihanna, Lady Gaga, Miley Cyrus, Justin Bieber, Ke$ha e Beyoncé ... exageram no auto-tune nas gravações de suas músicas e muitas vezes precisam de uma ajuda do playback (em determinadas partes ou até mesmo toda apresentação) para que, ao vivo, a plateia não sinta tanta diferença da versão que está acostumada a ouvir.

 
Estes são os "cantores" que fazem sucesso hoje, nem conseguem ser afinados sem a tecnologia, e carregam "fãs" no mundo todo e nem artistas são de verdade, mas arquétipos montados pela sociedade do espetáculo, para milhares de jovens se despersonalizarem e seguirem um padrão imaginário, mas que gera muito lucro e submissão.

Será só a Universal? Será só em São Paulo? Perguntas sem respostas...

Fiel denuncia manipulação de votos pela Igreja Universal em favor de Russomanno

Foi divulgado na tarde desta sexta-feira (5) um vídeo (veja abaixo) que denuncia a manipulação de votos pela Igreja Universal do Reino de Deus em favor do candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno. Na gravação veiculada pelo canal no Youtube “PosTV”, a ex-obreira da IURD Regiane Brito, de 22 anos, conta como os partores a obrigavam a angariar votos para o candidato do PRB entre os fiéis da Igreja. O motivo, segundo Regiane, era claro: Russomanno, uma vez eleito, traria benefícios para a construção do Templo de Salomão, no Brás, na zona leste da capital. “Eles estavam usando da boa votande, da fidelidade das pessoas para com a Igreja para conseguir votos para o Russomanno”, conta Regiane. “Eu estava me sentindo uma fantoche, uma marionete”.

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