sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Que país é esse?


Temos uma representação democrática, a primeira vez (contando com o governo Lula) que a grande massa, a população, ganha voz na presidência e gestão do país (entende-se que pobres não são só os nordestinos!), que começa a gerir em benefício primeiro aos que mais necessitam e, consequentemente movimenta a economia, "provocando" a ascensão social e econômica; nega a representação de uma minoria rica do Brasil, já que demonstra que não precisa ser "engravatado" ou "intelectual" para bem gerir o país (inclusive reconhecido internacionalmente); elege uma mulher...ao invés do conservadorismo e reacionismo de direita com seus velhos representantes e ideais capitalistas elitizantes. 
E novamente na história, os paulistas, pseudo-burgueses, porque muitos não dependem de benefícios  federais e têm condições de cursar escolas particulares, boas universidades, ter seu plano de saúde, etc. acham-se superiores a todo este processo. E dizem votar no "progresso", progresso esse PSDBista que vendeu grande parte de nosso país, que subiu com inflações, aumentou juros, diminuiu consideravelmente o investimento na educação  e continuou priorizando uma minoria de uma classe social que hoje se incomoda por não ser a única atendida pelo Governo Federal... 
Essa minoria, que representa menos de 2% da população paulistana são aqueles que botam fogo em índio e espancam domésticas nas ruas porque se acham superiores, porque seus pais bancam a conta destes "pequenos prejuízos". E quando tem um representante desta corja no poder ficam mais seguros quanto a esta impunidade e "superioridade". São aqueles que acreditam que basta dinheiro para se ter tudo, basta investimento e intelectuais para fazer o mundo, e esquecem-se que quem construiu desde as Pirâmides do Egito até os grandes edifícios de São Paulo não foi o dinheiro por si só, mas uma mão-de-obra que deu seu sangue, sua vida, por este verdadeiro trabalho (labor).
É inconcebível tais discursos xenofóbicos e preconceituosos em um país tão diversificado, como em qualquer outro, depois dos Direitos Humanos. Era a cor da pele, a religião... agora o Estado em que nasce, seu sotaque... isto me lembra os NAZISTAS! 
Não esqueçam que mesmo Hitler e todo seu poder de persuasão, sua retórica, a virtu e a fortu, foi traído e todo seu aparato condenado pela humanidade.
Ao ler estas reportagens todas acerca deste acontecimento xenofóbico mais recente em nosso país, prestei atenção em algo do discurso bastante contraditório  representado na figura de Godoy Navarro em sua entrevista: olha só, um dos representantes do movimento faz parte da USP (dentre outras diversas universidades elitistas de São Paulo  que tem participantes no movimento) e é imigrante japonês... 
 Marx colocava que o "capitalismo tem em si o germe de sua própria destruição" - que "São Paulo para os paulistanos" que eles querem? A dos imigrantes pode, mas migrante não? A formação da elite da cidade é praticamente toda de origem ou ascendência européia e um pouco asiática, estes também serão "barrados"?

Juliana Janaina Tavares Nóbrega.

3 comentários:

Brenda disse...

São os famosos Skinheads os neonazistas.

Unknown disse...

Por que uma atitude tão grotesca para com os Nordestinos. Que preconceito, se retirarem os nordestinos de São Paulo restará um enorme buraco pois São Paulo é uma cidade constituida de Nordestinos... Vice rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

JUJA disse...

Pois é, o preconceito e egocentrismo parecem fazer parte do ser humano, seja qual for a nacionalidade, alemão, brasileiro...burguesia ou pseudo-burguesia o é em qualquer lugar e sempre se acham superioress pelo poder que o capital pode lhes oferecer, sem ele ou com ele morrem e fedem como qualquer judeu, como qualquer nordestino...