sexta-feira, 23 de abril de 2010

XIV FESCETE - FESTIVAL DE CENAS TEATRAIS - 6º CONCURSO ESTUDANTIL DE POESIA.

ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O 6º CONCURSO ESTUDANTIL DE POESIA

Atenção Escolas e Universidades da região! Estão abertas as inscrições para o  6º CONCURSO ESTUDANTIL DE POESIA, este ano com três grandes novidades.

A primeira é que todas as inscrições serão GRATUITAS.

A segunda, todas os universitários de qualquer área poderão participar dentro da Categoria Universitária.
E a terceira boa notícia é a parceria com a UNIMONTE, Centro universitário Monte Serrat  que abraçou a causa da arte e da educação e junto com o TESCOM, promovem o 6º CONCURSO ESTUDANTIL DE POESIA.
Mas fiquem ligados, pois o prazo para as inscrições termina dia 21 de maio de 2010.
Não perca tempo! Crie sua poesia! Regulamento disponível no site http://www.estudiotescom.com.br/
 
 
O tema para o Ensino Médio e universitários é : "as dores do mundo"...
Tema do livro do filósofo Artur Schopenhauer de apenas 55 pg, disponível no link http://www.4shared.com/document/0uDwHJQ1/SCHOPENHAUER_Arthur_As_dores_d.html?s=1  
 
Salvador Dali.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Mundo

Lenine, Zeca Baleiro, Paulinho Moska, Chico Cesar

O mundo é pequeno prá caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé à milaneza

Tem coreano, japonês, japoneza...
O mundo é uma salada russa
Tem nêgo da Pérsia
Tem nêgo da Prússia

O mundo é uma esfiha de carne
Tem nêgo do Zâmbia
Tem nêgo do Zaire...

O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
Açucar é doce
O sal é salgado...

O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho
Tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata
O homem que mente...

Por que você me trata mal?
Se eu te trato bem!
Por que você me faz o mal?
Se eu só te faço bem!...(2x)

O mundo é pequeno prá caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé à milaneza
Tem coreano, japonês, japoneza...

O mundo é uma salada russa
Tem nêgo da Pérsia

Tem nêgo da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
Tem nêgo do Zâmbia
Tem nêgo do Zaire...

O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
Açucar é doce
O sal é salgado...

O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho
Tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata
O homem que mente...

Por que você me trata mal?
Se eu te trato bem!
Por que você me faz o mal?
Se eu só te faço bem!...(2x)

Todos somos filhos de Deus
Só não falamos
As mesmas línguas...(4x)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

História da Filosofia

FILOSOFIA ANTIGA

Panorama dos pré-socráticos ao helenismo

Heidi Strecker*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Platão (esq.) e Aristóteles, em detalhe do quadro de Rafaello
A filosofia é um saber específico e tem uma história que já dura mais de 2.500 anos. A filosofia nasceu na Grécia antiga - costumamos dizer - com os primeiros filósofos, chamados pré-socráticos. Mas a filosofia não é compreendida hoje apenas como um saber específico, mas também como uma atitude em relação ao conhecimento, o que faz com que seus temas, seus conceitos e suas descobertas sejam constantemente retomados.
A história da filosofia coloca em perspectiva o conhecimento filosófico e apresenta textos e autores que fundamentam nosso conhecimento até hoje.
A história da filosofia na Antigüidade pode ser dividida em três grandes períodos: o período pré-socrático, a Grécia clássica e a época helenística.

Pré-socráticos

Os filósofos que viveram antes da época de Sócrates, como Parmênides e Heráclito, investigaram a origem das coisas e as transformações da natureza. De seus textos só restaram fragmentos. O conhecimento especulativo no período pré-socrático não se distinguia dos outros conhecimentos, como a astronomia, a matemática ou a física.
Tales de Mileto foi o primeiro pensador que podemos chamar de filósofo. Como outros pré-socráticos, Tales dedicou-se a caracterizar o princípio ou a matéria de que é feito o mundo. Sustentou que este princípio era a água.

A Grécia clássica

No período clássico, a filosofia vinculou-se a um momento histórico privilegiado - o da Grécia clássica. Nesse período, que compreende os séculos 5 a.C. e 4 a.C., a civilização grega conheceu seu apogeu, com o esplendor da cidade de Atenas. Essa cidade-estado dominou a Grécia com seu poderio militar e econômico.
Adotando a democracia como sistema político, Atenas assistiu a um florescimento admirável das ciências e das artes. Foi esse período histórico que deu origem ao pensamento dos três maiores filósofos da Antigüidade: Sócrates, Platão e Aristóteles.
Sócrates não deixou uma obra escrita, mas conhecemos seu pensamento através das obras de seu discípulo Platão. Este não escreveu uma obra sistemática, organizada de forma lógica e abstrata, mas sim um rico conjunto de textos em forma de diálogo, em que diferentes temas são discutidos. Os diálogos de Platão estão organizados em torno da figura central de seu mestre - Sócrates.

Platão e Aristóteles

O conhecimento é resultado do convívio entre homens que discutem de forma livre e cordial. No livro "A República", por exemplo, temos um grupo de amigos que incluem o filósofo Sócrates, dois irmãos de Platão - Glauco e Adimanto - e vários outros personagens, que serão provocados pelo mestre. O diálogo vai tratar de assuntos relacionados à organização da sociedade e à natureza da política. A palavra política vem do grego polis, que significa cidade ou Estado.
Aristóteles - ao contrário de Platão - criou uma obra sistemática e ordenada. A filosofia aristotélica cobre diversos campos do conhecimento, como a lógica, a retórica, a poética, a metafísica e as diversas ciências. No livro "A Política", Aristóteles entende a ciência política como desdobramento de uma ética, cuja principal formulação encontra-se no livro "Ética a Nicômaco".

Helenismo

O período helenístico corresponde ao final do século 3 a.C. (período que se sucede à morte de Alexandre Magno, em 323 a.C.) e se estende, segundo alguns historiadores, até o século 6 d.C. As preocupações filosóficas fundamentais voltam-se para as questões morais, para a definição dos ideais de felicidade e virtude e para o saber prático.

FILOSOFIA MEDIEVAL

 Filósofos cristãos conciliaram fé e razão

Heidi Strecker*
Com a dissolução do Império romano, as invasões bárbaras e o desaparecimento das instituições, os centros de difusão cultural também se desagregaram. Os chamados "pais da igreja" foram os primeiro filósofos a defender a fé cristã nos primeiros séculos, até aproximadamente o século 8.
Os padres da igreja foram os filósofos que, nesse período, tentaram conciliar a herança clássica greco-romana, com o pensamento cristão. Essa corrente filosófica é conhecida como patrística. A filosofia patrística começa com as epístolas de São Paulo e o evangelho de São João. Essa doutrina tinha também um propósito evangelizador: converter os pagãos à nova religião cristã.
Surgiram idéias e conceitos novos, como os de criação do mundo, pecado original, trindade de Deus, juízo final e ressurreição dos mortos. As questões teológicas, relativas às relações entre fé e razão, ocuparam as reflexões dos principais pensadores da filosofia cristã.

Santo Agostinho e a interioridade

Santo Agostinho (354-430) foi o primeiro grande filósofo cristão. Uma de suas principais formulações foi a idéia de interioridade, isto é, de uma dimensão humana dotada de consciência moral e livre arbítrio.
As idéias filosóficas tornam-se verdades reveladas (reveladas por Deus, através da Bíblia e dos santos) e inquestionáveis. Tornaram-se dogmas. A partir da formulação das idéias da filosofia cristã, abre-se a perspectiva de uma distinção entre verdades reveladas e verdades humanas. Surge a distinção entre a fé e a razão.
O conhecimento recebido de Deus torna-se superior ao conhecimento racional. Em decorrência desta própria dicotomia, surge a discussão em torno da possibilidade de conciliação entre fé e razão.

Escolástica e Tomas de Aquino

A partir do século 12, a filosofia medieval é conhecida como escolástica. Surgem as universidades e os centros de ensino e o conhecimento é guardado e transmitido de forma sistemática. Platão e Aristóteles, os grandes pensadores da Antiguidade, também foram as principais influências da filosofia escolástica. Nesse período, a filosofia cristã alcançou um notável desenvolvimento. Criou-se uma teologia, preocupada em provar a existência de Deus e da alma.
O método da escolástica é o método da disputa. A disputa consiste na apresentação de uma tese, que pode ser defendida ou refutada por argumentos. Trata-se de um pensamento subordinado a um princípio de autoridade (os argumentos podem ser tirados dos antigos, como Platão e Aristóteles, dos padres da igreja ou dos homens da igreja, como os papas e os santos).
O filósofo mais importante desse período é São Tomás de Aquino, que produziu uma obra monumental, a "Suma Teológica", elaborando os princípios da teologia cristã.

FILOSOFIA MODERNA

A razão: do Renascimento ao Iluminismo

Heidi Strecker*
No período do Renascimento (séculos 15 e 16), o mundo assistiu a profundas transformações no campo da política, da economia, das artes e das ciências. O Renascimento retomou valores da cultura clássica (representada pelos autores gregos e latinos), como a autonomia de pensamento e o uso individual da razão, em oposição aos valores medievais, como o domínio da fé e a autoridade da Igreja.

No campo político, o principal autor do Renascimento foi Maquiavel, autor de "O Príncipe". Maquiavel elaborou uma teoria política fundamentada na prática e na experiência concreta. Durante o período medieval, o poder político era concebido como presente divino e os teólogos elaboraram suas teorias políticas baseados nas escrituras sagradas e no direito romano.
Uma outra obra representativa desse momento filosófico é o "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdã. Ao elaborar uma obra ao mesmo tempo literária e filosófica, Erasmo usa a palavra para afirmar valores humanos e denunciar a hipocrisia, ridicularizando papas, filósofos ou príncipes. As mudanças dessa época de crise prepararam o caminho para o despontar do racionalismo clássico.

Racionalismo clássico

O século 17 foi um dos períodos mais fecundos para a história da filosofia. Marcado pelo absolutismo monárquico (concentração de todos os poderes nas mãos do rei) e pela Contra-Reforma (reafirmação da doutrina católica em oposição ao crescimento do protestantismo), essa época acolheu as grandes criações do espírito científico, como as teorias de Galileu Galilei e o experimentalismo de Francis Bacon.
Recusando a autoridade dos filósofos que o antecederam, René Descartes foi o maior expoente do chamado "racionalismo clássico" - uma época que deu ao mundo filósofos tão brilhantes como Blaise Pascal, Thomas Hobbes, Baruch Espinoza, John Locke e Isaac Newton.
Embora sempre tenha sido objeto da reflexão dos filósofos, o problema do conhecimento tornou-se mais agudo a partir do século 17. Com os filósofos modernos (em oposição aos filósofos medievais e os da Antiguidade), a teoria do conhecimento tornou-se uma disciplina filosófica independente. O pensamento passou a voltar-se para si mesmo. O pensamento (sujeito do conhecimento) passou a ser também o seu objeto. Em outras palavras: o homem começou a pensar nas suas próprias maneiras de pensar e entender o mundo.

Racionalismo e empirismo

Os filósofos formularam basicamente duas respostas diferentes para a questão do conhecimento - o racionalismo e o empirismo.
Para os racionalistas, como René Descartes, o conhecimento verdadeiro é puramente intelectual. A experiência sensível precisa ser separada do conhecimento verdadeiro. A fonte do conhecimento é a razão.
Para os empiristas, como John Locke e David Hume, o conhecimento se realiza por graus contínuos, desde a sensação até atingir as idéias. A fonte do conhecimento é a experiência sensível.

O iluminismo

No século 18, a razão é vista também como guia para a discussão do problema moral (o problema da ação humana) e o filósofo é entendido como aquele que faz uso público da razão, ao usar sua liberdade de pensar diante de um público letrado.
Immanuel Kant foi um filósofo de grande reputação, um dos maiores pensadores da filosofia do Iluminismo (movimento cultural do século 17 e 18, caracterizado pela valorização da razão como instrumento para alcançar o conhecimento).
Como autêntico representante da filosofia do século 18, era defensor incondicional do papel da razão no progresso do homem. Ao buscar fundamentar na razão os princípios gerais da ação humana, Kant elaborou as bases de toda a ética que viria a seguir. A formulação do famoso "imperativo categórico" guiou seu pensamento no campo da moral e dos costumes. Kant criou duas obras magistrais, a "Crítica da Razão Pura"(1781) e "Crítica da Razão Prática" (1788).
O Iluminismo foi também a filosofia que norteou a Revolução Francesa, e teve em filósofos como Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot seus grandes expoentes.

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA

Fenomenologia, existencialismo

Heidi Strecker*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
O mundo em que vivemos, das telecomunicações, da internet, dos programas espaciais, da física quântica, ou da medicina de alta tecnologia parece não ter lugar para a filosofia. Onde está a filosofia? O filósofo Bertrand Russel pensou nessa questão:

A filosofia, como todos os outros estudos, visa em primeiro lugar ao conhecimento. O conhecimento a que ela aspira é o tipo de conhecimento que dá unidade e sistematiza o corpo das ciências, e que resulta de um exame crítico dos fundamentos de nossas convicções, preconceitos e crenças.
Bertrand Russell, Os problemas da filosofia

Isso mesmo. Essa é uma das definições de filosofia: ela é uma disciplina que estuda os fundamentos de nossas convicções. No entanto, enquanto as ciências estabelecem um corpo sólido de conhecimentos e verdades a partir do qual passam a se desenvolver, a filosofia não alcança os mesmos resultados. Ela não dá respostas definitivas a nenhuma questão. E agora? O próprio Bertrand Russel matou a charada:

Isto se deve em parte ao fato de que, assim que o conhecimento definitivo a respeito de qualquer assunto torna-se possível, esse assunto deixa de ser chamado de filosofia, e torna-se uma ciência independente. O estudo total dos céus, que agora pertence à astronomia, foi um dia incluído na filosofia; a grande obra de Newton chamava-se ‘princípios matemáticos de filosofia natural’. Do mesmo modo, o estudo da mente humana, que fazia parte da filosofia, agora foi separado da filosofia e tornou-se a ciência da psicologia. Assim, em grande medida, a incerteza da filosofia é mais aparente que real: as questões que são capazes de ter respostas definitivas são abrigadas nas ciências, enquanto aquelas para as quais, até o presente, não podem ser dadas respostas definitivas, continuam a formar o resíduo que é chamado de filosofia.

Estamos mergulhados num mundo que não cessa de colocar novas questões para a filosofia. Por isso mesmo, não é fácil reconhecer o que é a filosofia contemporânea. Estamos perto demais. Percebemos a filosofia do passado com mais clareza e mais coesão do que percebemos a filosofia que se faz hoje.
Mas vamos lá! Chamamos de filosofia contemporânea aquela que teve início no século 19, atravessou o século 20 e chegou até os dias de hoje.
A filosofia contemporânea fundamenta-se em alguns conceitos que foram elaborados no século 19. Um desses conceitos é o conceito de história, que foi formulado pelo filósofo G.W.F. Hegel. A filosofia de Hegel relaciona-se com as idéias de totalidade e de processo. Passamos a entender o homem como um ser histórico, assim como a sociedade.
Uma das conseqüências dessa percepção é a idéia de progresso. O filósofo Auguste Comteordem e progresso, é inspirado nas idéias de Comte). foi um dos principais teóricos a pensar essa questão. Tanto a razão quanto o saber científico caminham na direção do desenvolvimento do homem (o lema da bandeira brasileira,
As utopias políticas elaboradas no século 19, como o anarquismo, o socialismo e o comunismo, também devem muito à idéia de desenvolvimento e progresso, como caminho para uma sociedade justa e feliz.

Progresso descontínuo

A idéia de que a história fosse um movimento contínuo e progressivo em direção ao aperfeiçoamento sofreu duras restrições durante o século 20.
No século 20, porém, formou-se a noção de que o progresso é descontínuo, isto é, não se faz por etapas sucessivas. Desse modo, a história universal não é um conjunto de várias civilizações em etapas diferentes de desenvolvimento. Cada sociedade tem sua própria história. Cada cultura tem seus próprios valores.
Essa visão de mundo possibilitou o desenvolvimento de várias ciências como a etnologia, a antropologia e as ciências sociais.

Ciência e técnica

A confiança no saber científico foi outra das atitudes filosóficas que se desenvolveram no século 19. Essa atitude implica que a natureza pode ser controlada pela ciência e pela técnica. Mas não apenas isso, o desenvolvimento da ciência e da técnica passa a ser capaz de levar ao progresso vários aspectos da vida humana. Surgiram disciplinas como a psicologia, a sociologia e a pedagogia.
No século 20, a filosofia passou a colocar em cheque o alcance desses conhecimentos. Essas ciências podem não conseguir abranger a totalidade dos fenômenos que estudam. E também muitas vezes não conseguem fundamentar e validar suas próprias descobertas.

O triunfo da razão

A idéia de que a razão, ciência e o conhecimento são capazes de dar conta de todos os aspectos da vida humana também foi pensada criticamente por dois grandes filósofos: Karl Marx e Sigmund Freud.
No campo político, Marx tornou relativa a idéia de uma razão livre e autônoma ao formular a noção de ideologia - o poder social e invisível que nos faz pensar como pensamos e agir como agimos.
No campo da psique, Freud abalou o edifício das ciências psicológicas ao descobrir a noção de inconsciente - como poder que atua sem o controle da consciência.

Teoria crítica

A idéia de progresso humano como percurso racional sofreu um duro golpe com a ascensão dos regimes totalitários, como o nazismo, o fascismo e o stalinismo. O desencanto tomou o lugar da confiança que existia anteriormente na idéia de uma razão triunfante.
Para fazer face a essa realidade, um grupo de intelectuais alemães elaborou uma teoria que ficou conhecida como teoria crítica. Um dos principais filósofos desse grupo é Max Horkheimer. Ele pensou que as transformações na sociedade, na política e na cultura só podem se processar se tiverem como fim a emancipação do homem e não o domínio técnico e científico sobre a natureza e a sociedade.
Esse pensamento distingue a razão instrumental da razão crítica. O que seria a razão instrumental? Aquela que transforma as ciências e as técnicas num meio de intimidação do homem, e não de libertação. E a razão crítica? É a que estuda os limites e os riscos da aplicação da razão instrumental.

Existencialismo

O filósofo Jean-Paul Sartre também pensou as questões do homem frente à liberdade e ao seu compromisso com a história. Utilizando também as contribuições do marxismo e da psicanálise, o filósofo elaborou um pensamento sistemático que põe em relevo a noção de existência em lugar da essência.

Fenomenologia

O estudo da linguagem científica, dos fundamentos e dos métodos das ciências tornou-se um foco de atenção importante para a filosofia contemporânea. O filósofo Edmund Husserl propôs à filosofia a tarefa de estudar as possibilidades e os limites do próprio conhecimento. Husserl desenvolveu uma teoria chamada fenomenologia.

Filosofia analítica

As formas e os modos de funcionamento da linguagem foram estudados pelo filósofo Ludwig Wittgenstein. A filosofia analítica é uma disciplina que se vale da análise lógica como método e entende a linguagem como objeto da filosofia. Bertrand Russel e Quine também estudaram os problemas lógicos das ciências, a partir da linguagem científica.
Embora tenha se desdobrado em disciplinas especializadas, a filosofia ainda é - como sempre foi - uma atitude filosófica.

Assim que começamos a filosofar achamos que mesmo as coisas mais cotidianas levam a problemas para os quais só podem ser dadas respostas muito incompletas. A filosofia, embora incapaz de nos dizer com certeza quais são as respostas verdadeiras às dúvidas que ela suscita, está apta a sugerir muitas possibilidades que ampliam nossos pensamentos e os libertam da tirania do hábito. Assim, embora diminuindo nosso sentimento de certeza a respeito do que as coisas são, ela aumenta enormemente nosso conhecimento em direção ao que as coisas podem ser.

O Buraco Branco no Tempo



O texto a seguir é um resumo sobre o documentário "O buraco branco no tempo" (inspirado no livro de Peter Russel):

O vídeo explora os padrões evolucionários que estão detrás de nosso desenvolvimento em contínua aceleração e pergunta: "Por que uma espécie que é de tantas formas muito inteligente pode também se comportar de maneiras que são aparentemente tão insanas?"
A humanidade surgiu, considerando o tempo de existência de nosso planeta, há pouco tempo. A filosofia Hindu afirma que o nosso tempo neste planeta corresponde á um piscar dos olhos de Deus. Vendo por esse lado, somos realmente insignificantes.
Analogicamente se medíssemos a história do planeta nos andares do ‘falecido’ World Trade Center, nós, seres humanos da Modernidade, corresponderíamos a uma espessura menor que a camada de tinta do alto do arranha-céu.
Apesar da nossa curta existência, nunca este planeta foi tão mudado quanto está sendo nesses últimos séculos. Aonde quer que estejamos indo, estamos indo rápido.
Dentre os fatos que ajudaram na nossa estudada evolução o primeiro fator que possibilitou tudo isso foi, sem dúvidas, a reprodução sexuada – fenômeno que acelerou nossa diversidade, tudo graças ao compartilhamento do DNA.
Linearmente, em seguida, os seres humanos desenvolveram os sentidos, o cérebro e, finalmente, a linguagem simbólica. Foi através dessa última que nós chegamos ao ápice que estamos hoje – seres que mudam o mundo.
Essa evolução da inteligência humana se deu, também, graças ás diversas invenções que nos ajudaram em muito no nosso aprendizado. Cálculos que duravam décadas hoje são feito em horas. Comunicações de meses são feitas em segundos.
Foi um grande salto desde que nossos antepassados descobriram a Linguagem Escrita até chegar aos dias de hoje feitos á partir de computadores e satélites. Nosso mundo construiu uma grande teia de comunicação.
Todo esse engenhoso mundo não seria possível sem o maior instrumento de construção do homem: a mão. Foi ela quem nos deu os artifícios dessa evolução.
Paradoxalmente, tudo o que planejamos, construímos e conseguimos teve como objetivo simples elevar nossa qualidade de vida, mas, ao contrário do que esperávamos, estamos vivenciando épocas em que os efeitos colaterais de nossa evolução põem em risco nossa própria sobrevivência.
Consumimos em um ano, o que antigamente consumiríamos em 3500. A população global que durou séculos para atingir um bilhão de habitantes, em pouco tempo adquiriu seis vezes mais do que anteriormente. E todo esse consumo em massa tem um péssimo efeito: mais desperdício, mais poluição, menos qualidade de vida.
Nosso planeta miserável hoje consume, aproximadamente, um trilhão de dólares em produção bélica; em quanto que o valor necessário para diminuir nossos problemas está avaliado em um pouco mais que 700 bilhões. O nosso egoísmo impede nossa própria sobrevivência como planeta.
O nosso grau de consumismo chegou á um patamar que a ‘felicidade’ está diretamente proporcional ao consumo. E vivemos para consumir cada vez – buscando, assim, essa felicidade aparente.
A tecnologia nos tornou, também paradoxalmente, muito mais próximos e, ao mesmo tempo, mais distantes de nós mesmos. E esse egoísmo nós traz inúmeros problemas. Passamos a julgar as pessoas por o que elas têm e esquecemos de que elas também são seres humanos, como nós.
...
Conseguimos fazer em pouco tempo o que nenhum outro ser vivo fez por esse planeta. Alcançamos limites imagináveis há milênios atrás. Fomos à Lua. Conhecemos o espaço. Dominamos o fogo e ás máquinas...
Mas, ironicamente, desconhecemos por completo nosso interior. E isso nos faz pensar a maravilhosa exploração que nos aguarda em breve. Nossa exploração interior, uma revolução em nossa consciência.
Aos poucos, chegamos á um patamar de evolução em que devemos parar para pensar e avaliar que está certo e errado. Seria uma pena ver a humanidade, que conseguiu chegar até aqui, pôr tudo á perder.
Se a humanidade chegará a este último passo? Só o tempo dirá. Um buraco branco no tempo.

fonte: http://superbabaca.blogspot.com/2006/06/o-buraco-branco-no-tempo.html
Link para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=uUiSYP5L6Mo