domingo, 26 de setembro de 2010

Simpsons - Bart e o TDA

Cenas de um episódio dos Simpsons que satiriza o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e a indústria farmacêutica por trás dos medicamentos psicotrópicos.




Criamos padrões de normalidade e de moralidade para enquadrar a todos (ou criaram por nós?) , se não funciona a imposição pela lei, pela moral ou pela religião, a este adestramento, façamos uso dos diversos medicamentos da indústria farmacêutica: criamos as loucuras e depois os "remédios" para a cura!

Em sua "Genealogia da Moral", Nietzsche nos traz este processo de adestramento e culpabilidade humana, que encontra em discursos externos as "soluções" pela depressão de sua própria existência: o que outrora foi considerado bem ou mal não tem valor em si de bem ou mal, pode até ter sido a princípio produzido por determinados interesses de um grupo dominante, tese de muitos psicólogos genealogistas da moral, mas na verdade, o que traz esse conjunto de ideais é o "ressentimento": impotentes diante do poder do outro e de sua fraqueza, os fracos produzem discursos e revertem os valores e revelam como bom e abençoados os comportamentos de doutrinamento, o bom homem é o homem domado.
Seguido por diversas gerações, tais ações provocaram  as "doenças" humanas, as incompletudes as negações si mesmo e a servidão voluntária, digamos assim. E para aqueles que tentam culpar o outro a sua tragédia, o sacerdote ascético tem a resposta: existe um culpado: tu mesmo, posto que comete a falta humana de seus ancestrais - o pecado original e demais pecados que precisa redimir e castigar-se a vida toda, aceitando tua condição doente de ser.
Acrescento que, neste aspecto de criação doente da humanidade, a ciência ajuda a corroborar esta ordem, não tem ferramentas de fé tão profundas como a religião (diria Nietzsche), mas enquanto prática de adequação ao discurso e até mesmo como servidora deste modelo político e econômico que vigora atualmente (capitalismo), medica estes doentes da existência que não encontram a liberdade de “suas” ideias fixas, ideias plantadas em sua mente e sustentadas cuidadosamente dia após dia como verdade única, tão única como a outra idéia o é para o outro.

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