quarta-feira, 17 de março de 2010

Vidas Secas




O livro de Graciliano Ramos traz grandes reflexões sobre a significação e função da linguagem para a compreensão e transformação da realidade em que vivemos. Não só como meio de comunicação, mas de significado e humanização da existência humana.No caso do livro, o oposto: a luta pela sobrevivência contra a fome, a seca, as injustiças sociais, passa pela falta de compreensão da realidade, limitada pela não-linguagem, que imobiliza os personagens, reféns de sua situação e sem entendimento suficiente para visionar uma nova realidade. A luta é pela subsistência, como a da cachorra Baleia, e não pela vida. Um entendimento diferenciado do mundo, mas ainda assim um tipo de entendimento?
é só clicar em: Click here to download this file e baixar!!!!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Fainestein (aquilo que aparece –fenômeno)... Deus?...


                                               W.Kush

O que me atento não é a postulação de um Deus, seja transcendente, imanente ou Idéia. Pois se o há, de qualquer uma das formas, deixe-o ser! Perene onde e como estiver, mas não o atribuas humanidades. Escrever livro, regrar mandamentos, distinguir se há ou não santos, demônios, se há o mal, o “inimigo”... Nada o é de fato, são meras representações escritas de homens. Diria: “Homens que conviveram com Cristo, filho de Deus”, mas são homens que percebem como tal e individualmente. Platão conviveu com Sócrates e em seus diálogos há muito mais palavras platônicas em Sócrates do que socráticas. Se se pressupõe sua existência ontológica ou ôntica, ele é, seja força, natureza, espírito, sobre este só se é possível sentir ou não. E como indivíduos distintos mesmo que assumindo existência, sentindo, sente-se representativamente, ou seja, unicamente, em cada ser – indivíduo. Usam-se, então, símbolos, ritos, mitos engajados em todas as religiões, mesmo que não de forma igual. Não importa segui-los, mas sabendo suas significações em fé e também como meio de fé externalizada, com significados simbólicos, portanto humanos. Não assumi-los como dogmas inquestionáveis “A hóstia é o corpo de Cristo...” esta representa, enquanto fé e significado que a damos. O fato de ler as “Escrituras Sagradas” de nada me assegura; História e fé se mesclam em quantidades bastante desproporcionais (cerca de apenas 10% de fatos históricos, os outros 90% crê-se). Escrita por homens, lida por homens, traduzida por homens, sobre algo que não estaria sob égide das categorias e compreensão humana. Se houver de fato este algo criador, consciente ou não de si, provavelmente preza pela harmonia, digo-a como a própria harmonia da natureza, a formação da vida, os átomos, as células, os quais cada partícula está como que encaixada perfeitamente para que tudo seja, viva, transforme. Uma harmonia quase pitagórica. Mas não há de fato um Deus ou um Ser, seja ser – physis ou ser – metaphysis que o possa pregar sua adoração, idolatração, e mantenha dogmas atribuindo valores que só seriam válidos se reconhecida sua superioridade, isso seria vaidade. Se existe, ou não, deixe-o Ser e/ou Não-Ser!!! Mas devemos crer numa vivência sob o que os filósofos chamariam de “Ética”, mas ainda que postuladamente superior, pelo agir sem o simples fato de aproveitar o fim (finalidade), mas o fazer pela convivência, por respeito à vida, a natureza, sem pretensões utilitaristas para uma tal transcendentalidade (fazer o bem para ganhar o reino do céu). Cristãos guerreiam “em nome de Deus”, discordam em nome da verdade divina, afirmam todos serem irmãos e o dever do amor entre os homens (veja bem, dever e não o querer), mas aqueles que não assumem sua verdade, de seu grupo religioso, irão para o inferno, não aceitando tal verdade “revelada”. Haveria várias revelações? Várias formas de apropriações ou representações da revelação? Ou ainda, o único grupo que diz a verdade é o qual “faço parte”, as demais por não ser a minha, são falsas? Existiria esse Bem e Mal? Esse maniqueísmo aparece com o cristianismo, não era visto nos primórdios mitológicos por mais místicos que fossem. Um ser é mau o tempo todo ou bom o tempo todo. Se for mau, é para quem? Para outrem não poderia ser seu oposto? Ou melhor, há de ser necessariamente ou um ou seu oposto? Olha! Não sei nada do que há, mas em nome do desespero humano a uma explicação e, atualmente a uma busca de valores, e como uma válvula de escape de uma sociedade tão caótica, assim como o princípio hesiódico “No princípio era o Caos...”, sem sentido e cheio de “derrotas” individuais, aumenta-se as vertentes (religiões) que serviram à História em épocas diferentes (Católicos, Protestantes... Idade Média, Reforma...) e hoje, em meio ao processo do esvaziamento do homem, se multiplicam, multiplicando o esvaziamento do homem, este que se propõe a tantos dogmas erguer, servir e alienar-se como fuga do resto que também não preenche tal vazio e anseio humano. E seus argumentos continuam sendo: “Já lestes a Bíblia? Esta é a palavra de Deus!” A palavra é humana, a ordem e funcionamento das coisas podem ser de força natural motora, mas o que se quer é mantê-la e não colocar o dizer nesta. A preocupação não é com a existência ou não de um ser tangente, mas o que fazer do “princípio” caótico, qual voltamos, e nos encontramos hoje. O que é possível absorver de energia chamada positiva, seja cósmica, ontológica... que nos aproxime de uma evolução e de uma Consciência Humana, ou melhor, uma Consciência da Vida, do viver. Pecado? Pecado é não viver!É não assumir e responsabilizar-se pelos rumos de sua própria vida. È deixar a vida escapar pelos dedos e não senti-la pulsar em seu peito, mas vê-la como expectador, sempre somente à espera do que poderá ver e buscar explicar. Para mim é como se me bastasse uma olhada ao céu estrelado, uma brisa, uma respiração profunda, perante tal universo imenso para senti-lo, é o bastante para renovar-me a cada dia. Se puder ver o pôr e o nascer do sol, sentir a vida, a harmonia indizível, ver a noite negra e misteriosa... não estão à luz (fainestein) , não são fenômenos, absorvíveis à nós, pequenos seres “racionais”, portanto, não se escreve ou preocupa-se sobre isso, deixe-o, sentindo ou não, não promova nomes que não lhe são. Afinal, nem nós somos ou não, mas somos e não, estamos sendo, e neste sendo ainda perdemos todas nossas energias preocupando-nos no que somos, e então deixamos de ser até o sendo! Se Deus existe, porque a fome, a desgraça, a morte de tantos inocentes? Nas reportagens vê-se guerra civil, guerra religiosa, guerra santa.... Livre arbítrio? Como deixas o livre-arbítrio de um ser superior ao de outro, que já não pode escolher sua condição precária ou um estar na catástrofe, (nas favelas, por exemplo) e a cada dia passa pela morte sem escolher e sem ser salvo do homem e do próprio Deus que teria a salvação! Pois a cada bala perdida reza, em nome do desespero, em nome de uma sociedade perdida, em nome de um nome. Realmente não sei avaliar o que é mais difícil: não crer em um Deus salvador, assumindo sua própria vida, não tendo a quem recorrer em sanar suas dores, angústias, anseios e respostas.Ou crer no “Absurdo”, no que não se pode explicar ou entender suas “razões”, mas onde me lançar e confortar-me no momento de desespero.
Juliana Janaina.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Quem foi Kant e o que diz de novo este criticismo?


  • Kant, o arquiteto da crítica;
Por Antônio Rogério da Silva
A vida de Immanuel Kant é uma das mais estranhas entre as estranhas vidas de todos aqueles que se dedicaram à filosofia. Enquanto a maioria dos filósofos modernos foi arrastada pela onda de transformação do pensamento e dos costumes, sendo por conta disso que muitos deles foram obrigados a viajar ou exilar-se em países diferentes de sua origem, Kant permaneceu protegido desse frenesi, graças a uma rotina metódica que espanta quem se interesse pela obra deste autor crucial para história da filosofia. Como Rousseau e Hobbes, o início da vida de Kant foi marcada pela pobreza e uma dura luta pela subsistência. Seu pai era um artesão que produzia selas e artigos de couro. Sua mãe pertencia a uma seita religiosa chamada Pietista que seguia com rigor absoluto todas práticas e crenças religiosas. De sua infância e juventude pouco se sabe, além do fato que o próprio Kant procurava esquecer os anos difíceis da "escravidão juvenil". Os Kant haviam deixado a Escócia um século antes do nascimento de Immanuel, procurando por uma situação mais confortável na Prússia Oriental. O Kant mais famoso era o segundo entre seis irmãos e nasceu, em 22 de abril de 1724, na cidade prussiana de Königsberg (depois da invasão russa, em 1945, Kaliningrado). Cresceu, trabalhou, estudou, pensou, escreveu e envelheceu sem nunca ter atravessado os limites da cidade. Morreu tranquilo na senilidade, a 12 de fevereiro de 1804.
No colégio Fridericianum, teve sua instrução básica iniciada em 1732, e na Universidade de Königsberg formou-se em 1755. Durante o período de formação, sobreviveu como professor particular de famílias ricas até conseguir o grau de mestre. Aos 31 anos, começa a trabalhar nessa universidade como conferencista particular (Privatdozent) proferindo por mais 15 anos aulas sobre diversas matérias, desde matemática e física até geografia e ética. Johann Gottfried von Herder (1744-1803), que fora seu aluno, disse certa vez que "nada digno de ser conhecido lhe era indiferente". Depois de duas tentativas para ingressar no cargo de professor da universidade, em 1770, finalmente, Kant consegue a nomeação de professor de lógica e metafísica.
Seu cotidiano era regido por uma regularidade mecânica e tudo tinha a hora certa para acontecer. Pela manhã, acordava cedo e se punha a trabalhar, nada comendo até o almoço. Durante o almoço, servido sempre na presença de três a oito convidados, conversava animadamente sobre qualquer assunto de interesse, menos sua própria filosofia. Às 15 horas e 30 minutos saía a passear sozinho, a fim de respirar calmamente, pelo nariz, e exercitar-se ao caminho. Tal era a precisão de seus hábitos, que uma anedota conta dos habitantes da alameda de tílias, pela qual Kant sempre passava, costumarem acertar seus relógios quando avistavam o filósofo se aproximando. Por causa disso, essa rua passou a ser conhecida em Königsberg, como o Passeio do Filósofo. Depois da caminhada, dirigia-se a sua biblioteca e lia até anoitecer. Por volta das dez horas, afastava-se de qualquer esforço mental, no intuito de preparar o sono. Dessa rotina agradável da maturidade, Kant nunca se afastou, tendo a quebrado apenas por duas vezes: primeiro quando leu o Emílio de Rousseau e depois ao esperar notícias da Revolução Francesa.
Kant tinha baixa estatura, media cerca de um metro e sessenta de altura, em um corpo franzino, e com estranhos era de uma timidez extrema. Por duas vezes, teve a oportunidade de pedir a mão de duas moças, mas uma se mudou da cidade antes que ele se decidisse lhe propor o casamento e a segunda, cansada de esperar, aceitou o convite de outro rapaz mais ousado. Assim, Kant deixou passar as chances de casamento, ficando solteiro por toda sua longa vida.


O Criticismo Kantiano
Antes de Kant, a filosofia oscilava como o pêndulo de Galileu, entre o materialismo e empirismo de um lado e o inatismo e racionalismo de outro. Dogmáticos idealistas e céticos naturalistas revezavam-se no posto de quem proferiria a última palavra sobre o entendimento humano. Desde 1770, Kant impôs-se como tarefa parar com essa troca constante de posições propondo uma investigação sobre como a metafísica era possível de ser entendida por ciência. Deveria então a crítica filosófica encontra um objeto, ou a fonte de conhecimento, ou ainda o modo de pensar que fosse peculiar à metafísica. Caso essa pesquisa apontasse resultados negativos, as pretensões metafísicas de ser uma ciência própria deveriam ser afastadas de vez.
A Critica da Razão Pura, cuja primeira edição saiu em 1781, iniciou essa tarefa de forma sistemática, procurando as características típicas da metafísica, ou do conhecimento filosófico puro. Kant pensava que a física, a matemática e a geometria de seu tempo já haviam encontrado formas de conhecimento que satisfaziam seu estatuto científico, enquanto a metafísica não era capaz de fornecer, sequer, um juízo sintético a priori. Calma! Com isso Kant queria dizer que para uma atividade ser considerada científica era preciso que ela apresentasse proposições, ou enunciados, que fornecessem informações adicionais sobre o sujeito estudado e, além disso, que transcendessem a qualquer experiência, isto é, que fossem entendidas sem o recurso das relações das coisas materiais. Tal juízo deveria estar puro de um contato empírico, como instrumento da razão humana. A posse de um conhecimento puro seria importante para qualquer ciência, uma vez que tal conhecimento garantiria a sua necessidade.
A experiência ensina que uma coisa pode ser constituída de uma maneira ou de outra, mas nada diz se o que está sendo observado não possa ocorrer de forma diferente. Essa lição Kant já havia aprendido com Hume. Tratava-se então de encontrar um juízo necessário para toda metafísica poder ficar de pé. Mas antes, é importante primeiro fazer algumas distinções e definições. Assim sendo, Kant começa por definir a diferença entre juízos analíticos e sintéticos. Por analíticos entendem-se os juízos cujos predicados fazem parte da identidade do sujeito. Por exemplo, se o ouro for definido como metal amarelo maleável, ao se emitir um juízo que enuncie ser ouro amarelo, este juízo será analítico e nenhum conteúdo acrescenta ao conceito de ouro. O que vale dizer que todos juízos analíticos são apenas explicativos. Já os juízos sintéticos trazem em seu predicado uma informação que não pode ser extraída do conceito do sujeito e que, portanto, se encontra fora de sua definição. Dizer que "alguns corpos são pesados" amplia o conhecimento que se tem do conceito geral de corpo, sendo então um juízo extensivo, por estender a compreensão que se tem previamente do sujeito. Todos juízos analíticos são concebidos a priori, ao passo que os sintéticos poderiam ser a posteriori, com origem na experiência, ou a priori, formados no entendimento puro e na razão pura.
Todas as ciências teóricas - a matemática, geometria e a física -, imaginava Kant, teriam juízos sintéticos a priori como seus princípios fundamentais, caberia à metafísica encontrar seus princípios sintéticos uma vez que ela teria como fonte apenas o conhecimento puro a priori. O próximo passo para solucionar esse problema foi descrever a estrutura da razão que produz tais juízos. Na "Doutrina Transcendental dos Elementos", primeira divisão da Crítica da Razão Pura, Kant apresenta em primeiro lugar sua "Estética Transcendental", onde descreve os princípios da sensibilidade a priori. A sensibilidade, nesse sentido, seria a capacidade de receber representações do objetos percebidos. Através da sensibilidade os objetos são dados e a intuição empírica é fornecida, de acordo com as sensações provocadas pelos objetos. Os objetos da intuição empírica são chamados fenômenos. Os conceitos relativos aos fenômenos são gerados pelo entendimento, tendo por base apenas as intuições da sensibilidade. Além das intuições empíricas, a sensibilidade forneceria as intuições puras como formas próprias que não dependem de um objeto real dos sentidos, mas são a condição para que estes sejam percebidos em sua extensão e duração. Tais intuições puras a priori seriam o sentido externo do espaço, onde os objetos são representados como sendo do lado de fora do sujeito, e o sentido interno do tempo que representa dentro do sujeito a sensação de passagem ou permanência de um objeto. Tempo e espaço não seriam conceitos empíricos, mas a condição da sensibilidade para que a experiência seja possível, portanto, antecedem a esta e são intuições puras a priori .
Depois disso, resta descrever como o entendimento gera as representações e o entendimento daquilo que é percebido pelo sensibilidade. A Lógica transcendental vem determinar a origem e o alcance desses conhecimentos. Na estética, Kant concluiu que só é possível ter intuições sensíveis e que as supostas intuições puras, nada mais são que as formas puras da sensibilidade - espaço e tempo - que permitem a recepção externa e interna dos objetos. Portanto, apoiado em intuições sensiveis o entendimento deverá pensar os objetos, a fim de gerar o conhecimento, pela união da intuição com o pensamento. Não obstante, para que seja um conhecimento puro, como convém à metafísica, a lógica trancendental deve analisar se existe algum conceito que seja puro e independente da sensibilidade. Seria então esse conhecimento oriundo de idéias trancendentais. Ao longo da primeira crítica, Kant se esforçou em tentar mostrar a impossibilidade do entendimento em resolver dos problemas inerentes às idéias psicológicas, da existência da alma ou de sujeitos absolutos; cosmológicas, sobre a origem e infinitude do universo; e teológicas, existência de um ser supremo.
Em sua obra seguinte, Prolegômenos (1783), Kant resume toda essa discussão na constatação que a indecisão quanto aos problemas da antinomia das idéais transcendentais leva à limitação do uso da razão ao conhecimento empírico.
Servi-me para o início desta observação da imagem sensível de um limite, para fixar as barreiras da razão em relação ao uso que lhe é apropriado. O mundo dos sentidos contém meros fenômenos, que ainda não são coisas em si mesmas. Estas últimas (númenos) devem ser admitidas pelo entendimento, justamente pelo fato de ele conhecer os objetos da experiência como simples fenômenos. (...) A experiência, que contém tudo o que pertence ao mundo dos sentidos, não se limita a si mesma; de cada condicionado, chega sempre só a outro condicionado. O que deve limitá-la encontra-se necessariamente fora dela, e este é o campo dos puros entes de entendimento. Mas este é para nós espaço vazio, em se tratando da determinação da natureza destes entes de entendimento e, portanto, se temos em vista conceitos dogmamente determinados, não podemos ir além do campo da experiência possível. (...) Mas a limitação do campo da experiência por algo, que aliás lhe é desconhecido, é um conhecimento que resta à razão neste ponto, mediante o qual ela não se encerra dentro do mundo dos sentidos, nem vagueia fora do mesmo, mas, como convém ao conhecimento do limite, circunscreve-se apenas à relação daquilo que está fora dela com o que está contido dentro do mesmo limite (KANT, I. Prolegômenos, III parte, § 59, p. 83).
Dentre as antinomias que correspondem aos conflitos em que as idéias transcendentais podem suscitar argumentos contra e a favor, aquela que diz respeito à cadeia causal de eventos cosmológicos, também conhecida como a "Terceira Antinomia", coloca um problema cuja solução interessa diretamente à moral. Em suma, o problema que a razão pura aqui se põe é saber se há uma causa necessária que determine o desenlace de toda série causal entre as coisas no mundo, ou caso contrário se esta causa não existe e tudo ocorre de forma livre e contingente da série causal, a grosso modo. Com intuito de preservar a liberdade em um mundo de fenômenos estritamente determinados, Kant propõe na primeira Crítica que as ações livres tenham que se relacionar apenas com uma causa inteligível no sujeito, independente da sensibilidade e que pode condicionar algum evento fenomênico. Esse tipo de solução visou atender um uso prático da razão cuja fundamentação apareceria no texto que antecedeu a segunda Crítica, Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785).


 fonte: http://www.discursus.250x.com/moderna/immakant.html