sábado, 17 de maio de 2014

Ney, ouve a gente! (e os demais brasileiros também)

Para esclarecer a verdade da copa, que a mídia não mostra...
Fonte:  http://www.mudamais.com (VALE A PENA CONFERIR O SITE!)

O cantor Ney Matogrosso é um dos principais artistas brasileiros, fazendo sucesso há meio século. Revistas especializadas em música já o apresentaram entre as principais vozes do país. Mais do que voz, ele tem domínio de palco, carisma e interpretação inconfundíveis. O Muda Mais gosta muito do Ney e por isso não quer vê-lo pagando mico por aí. Então, resolvemos juntar aqui as informações corretas sobre o que ele falou em uma entrevista(link is external) para a emissora de TV portuguesa RTP.
Ele afirma que “há um enorme desconforto com a Copa do Mundo no Brasil, porque o governo brasileiro está gastando bilhões de reais.” Só que pesquisa realizada pelo Datafolha(link is external) em março de 2014 mostra que apenas 24% dos brasileiros acreditam que a Copa do Mundo no Brasil será ruim ou péssima. Assim, menos de um quarto da população apresenta críticas ao mundial.
Sobre os investimentos de bilhões de reais, o Muda Mais já escreveu que as 12 arenas receberam“investimentos de R$ 8 bilhões, sendo R$ 4 bi em recursos dos governos estaduais, municipais e parceiros privados, e o restante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nota-se: nenhum recurso do governo federal. Antes que alguém fale: mas e o BNDES? A resposta: é financiamento”.
Talvez Ney tenha confundido com os bilhões que o governo brasileiro está investindo em outras áreas: R$ 968 bilhões em educação, saúde e infraestrutura, desde 2010, como mostra outra matéria do Muda Mais. Com o dinheiro que o governo federal está investindo em saúde, educação e mobilidade urbana poderiam ser realizadas 55 Copas do Mundo.
Ele fala também que a saúde pública no Brasil nos anos 50 era exemplar e hoje é péssima. Vamos lembrar que até a Constituição Federal de 1988 o acesso à saúde pública era restrito a pessoas que tinham emprego com carteira de trabalho assinada e seus dependentes. Hoje, o Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que tem um sistema de saúde universal, público, gratuito e unificado.
Da mesma forma, a educação também não era universalizada antes da Constituição e atendia a uma pequena parcela da população, criando a grande massa de excluídos que foi escondida pela censura da ditadura militar. Hoje, crianças e adolescentes de 49 mil escolas públicas em todo o país já contam com educação em tempo integral graças ao programa Mais Educação do governo federal. E em 2014 o Brasil atingiu a inédita marca de 1 milhão de alunos  em universidades públicas. Ao todo o país tem mais de 7 milhões de estudantes no ensino superior. Graças a ProUni,ReUni, Fies, Cotas... 
O entrevistador, mais antenado do que o Ney, avaliou que houve diminuição das desigualdades sociais no Brasil desde que Lula assumiu, em 2003. E o Muda Mais tinha feito até um gráfico mostrando isso!
Aí, gente - momento #vergonhaalheia -, o Ney falou que o Bolsa Família deveria, paralelamente à destinação do benefício, obrigar as pessoas a colocarem seus filhos na escola. Ney, a dica é boa, mas já tá valendo! É condicionalidade(link is external) para manter o benefício que as crianças estejam na escola e com as vacinas em dia. Além disso, a proposta do programa é justamente garantir a autonomia das famílias e já tem conseguido, como o Muda Mais mostrou aqui.
A gente não sabe onde o Ney tem se informado, mas se ele visitar o Muda Mais, não vai continuar contribuindo para a disseminação de notícias inverídicas. Provavelmente, ele pouco se informa porque tem se preocupado com os shows, que faz muito bem, aliás. Curioso que sua atual turnê tem o nome Atento aos sinais. Mas tudo que ele não anda é atento.
Se liga, Ney.
Nós, como estamos bastante antenados, vamos ficar ligados no que dizem por aí, para não contribuir com a rede de boatarias. E como entretenimento também é importante, vamos ao mesmo tempo curtindo umas músicas com o Ney Matogrosso, porque somos fãs do artista. 

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