quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Com a palavra, a presidenta. Eleita democraticamente pelo povo!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

É interessante como a democracia se contradiz, no primeiro turno Dilma Vana Rousseff saiu na frente com 43 milhões de votos; Aécio Neves, o cara da cocaína, em seguida com 34 milhões; Marina Silva com 22 milhões e o restante dos candidatos juntamente a votos nulos e brancos somaram quase 14 milhões, portanto não, a democracia não representa a vontade da maioria, levando em conta que 70 milhões não votaram a favor da atual presidente no primeiro turno, a suposta "solução" do segundo turno não resolve, sempre haverão descontentes, e não se pode diminuir os números de descontentes ou criar um deficit por cima dos mesmos levando em conta ao maior número da votada, por si só isso prova que é um sistema muito frágil e facilmente refutado. E quanto a confiabilidade da real apuração dos votos? Até nos EUA, um país de primeiro mundo, as votações dos chamados Colleges ocorrem via cédulas. Por outro lado, o Brasil agora implanta o sistema de biometria, contendo suas digitais - um método de possuir dados de uma determinada pessoa segundo a sra, ilegítimo, pelo que lembro de suas críticas feitas em sala de aula, geralmente citando a analogia com o cartão de crédito usado num salão de cabeleireiros que foi negado pois não era um local usual de frequência da cliente.
Voltando ao foco principal, que é a minha crítica à democracia.. existe um paradoxo matemático dos sistemas eleitorais em todo o mundo, analisando o conceito de "matemática" tem-se em mente que é uma ciência exata, portanto é usada nas eleições democráticas na tentativa de igualar as possibilidades e determinar e atribuir a vitória ao candidato que obtiver o maior número de preferências. No mundo anglo-saxônico, esta ideia teoricamente funciona, mas previamente requer um nível baixo de faltas e apenas dois candidatos, uma prova exemplificada: Suponhamos que o candidato José ganhe 40% dos votos; Marcos, 25%; e Mariana, 35%. José será eleito, mesmo sem ter tido o consentimento de 60% da população. Para prevenir isso, muitos países, como o Brasil, adotaram a eleição em dois turnos. Porém, o segundo turno já se encaixa numa falácia, levando em conta que os eleitores de Marcos não desejam voltar em José ou Mariana, o que se transforma um tipo de coerção para o eleitor a votar nulo ou escolher algum candidato indesejado.
Parafraseando Jorge Luis Borges "A democracia é um erro estatístico, porque na democracia decide a 'maioria' e a maioria é formada de imbecis".
A democracia é uma afronta extremamente perigosa às liberdades individuais, destrói totalmente o conceito que as pessoas têm de direitos naturais, fazendo com que elas passem a acreditar que tomar a propriedade alheia é um "direito adquirido". A democracia não passa de um verniz capaz de tornar campanhas meros concursos de beleza.
Não desejo prolongar muito este comentário, porém recomendo à sra, minha ex-professora, uma leitura, a leitura do livro "Democracia, o Deus que falhou" do filósofo e economista, Hans-Hermann Hoppe. Uma leitura relativamente curta, disponível em pdf na internet, porém com a qual pude extrair muito conhecimento.


Abraços, sinto falta de suas aulas e a forma cativada da qual você usava para ensinar.
Raramente dou uma espiada no seu blog e hoje não pude deixar de comentar para expressar minha opinião rs.
Não tive a oportunidade, porém agradeço também por ter me ajudado a ter um caráter próprio e não se espelhar em uma pessoa para conhecimento, mas sim em profundas leituras e interpretações imparciais.
Desejo tudo de bom.

JUJA disse...

Olá, ex aluno que não sei quem é... (está anônimo)
Seus questionamentos se dão acerca da democracia representativa e não da democracia em si, ao que me parece na breve leitura. Também parcialmente falacioso quando afirma que o segundo turno não é válido, pois não representa a maioria da população, pois não há "voto de cabresto" e existem outras possibilidades de não voto. A título de exemplo, se tivesse um segundo turno entre Aécio e Marina, teria a escolha de votar no menos pior ou, o que de fato faria, eximir de votar.
O que acontece é que em grande parte dos países que se dizem democráticos, são muitas vezes oligárquicos fantasiados de democracia, faltando efetivamente uma participação do demos (povo) no poder além do voto, mas são discussões infinitas na filosofia moderna, autores como Jacques Ranciere, Chomsky, ainda fazem mais meu perfil de leitura do que filósofos economistas (diria neoliberal) como o citado, que acredita de fato que o presidente é como um rei, quando temos visto, ao menos no Brasil, que com as divisões dos poderes (desde Montesquieu) temos um poder Judiciário e Legislativo muito maior. Haja vista a reforma politica que a presidenta Dilma propôs (com a proposta inclusive, de retirada de investimento privado em campanha) e o Congresso engavetou. Cade o poder monárquico do presidente que Hoppe tanto afirma?
A inconformidade com a democracia é antiga, Platão já tentava justificar seu fracasso para garantir que naturalmente cada sujeito fazia parte de uma classe social e assim a garantia de um pequeno grupo "dos melhores" governando.
Vale lembrar que o exemplo dado em aula "do cartão de crédito" não pode ser descontextualizado, fazia parte de uma referência a concepção anarquista de que se há Estado, há controle e não uma concepção pessoal. Não há como nos livrar do Estado pressupondo a liberdade e igualdade onde não há. O papel do Estado é também de garantir estas possibilidades de igualdade, o que estava acontecendo minimamente no Brasil, depois de 500 anos e que os oligarcas (ou qualquer outro nome) começam a destruir por meio de um golpe disfarçado.
O conhecimento não pode vir somente de um lado, a leitura dos dois ou mais lados é fundamental para que possamos formar uma opinião coerente com bons argumentos.
Se a maioria é imbecil, o que há de errado para que isso aconteça? E como consequência, devemos simplesmente ignorar e excluir estes imbecis ou possibilitar conhecimento? É melhor investir nas universidades e cultura como estávamos buscando nos últimos anos ou acabar com o ministério da cultura e investimento em bolsas universitárias como o "governo" dos últimos dias? (são os programas: quanto pior, quanto mais imbecis, melhor!)
Infelizmente tudo depende de "onde está" ou "acha que se está", pois não conseguimos olhar os que estão do outro lado e mais precisam. Conhecer pelas leituras é ouvir outras pessoas "falando" e ouvimos o que queremos ouvir. Vale lembrar que nenhuma interpretação ou leitura é imparcial, não somos seres "imparciais", mas repletos de subjetividades. O fato de escolher usar argumentos do autor "x" ou "Y" já mostra a parcialidade da escola de adesão a um pensamento mais do que outro, não podemos ser ingênuos a este ponto.

Tudo de bom! Para você e para o país, boa sorte com este "início" do novo fim da democracia.